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Bombeiros de Samora vendem jipe que não lhes pertence e criam imbróglio a empresário

Bombeiros de Samora vendem jipe que não lhes pertence e criam imbróglio a empresário

Paulo Pimenta emigrou e deixou o veículo na garagem mas quando tentou vendê-lo descobriu que este pertence ao Estado
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia vendeu um jipe que não lhe pertencia e arranjou um imbróglio a um empresário da cidade que agora não consegue desfazer-se do veículo, porque este pertence ao Estado e tinha sido cedido à corporação. O caso chegou ao Ministério Público que detectou uma situação que poderia configurar um crime de peculato, mas o processo foi arquivado porque entretanto prescreveu. O presidente da direcção dos bombeiros, José Ferro, diz que houve um lapso. O caso remonta a 1997. José Ferro, na altura vice-presidente da associação, diz que o jipe foi vendido a um sucateiro para ser abatido e que na altura foi assinado um documento apresentado pelo sucateiro. “Na altura o sucateiro pediu para assinar aquele papel e nós por lapso nem olhamos bem para aquilo”, esclarece. O veículo acabou por ser comprado por quatro mil euros ao sucateiro, pelo empresário Paulo Pimenta que reparou que aparecia no registo de propriedade o nome da associação humanitária mas estava longe de imaginar o imbróglio em que se ia meter. Paulo não tratou logo de passar a viatura para o seu nome e entretanto emigrou deixando-a guardada na sua garagem. Só em 2011, quando se preparava para o vender, é que foi confrontado com o facto de afinal o jipe pertencer à Autoridade Nacional de Protecção Civil e não aos bombeiros. Quando o Land Rover foi entregue pelos bombeiros ao sucateiro, estes receberam em troca dois bidões de óleo, no valor de 750 euros. Depois de contactada por Paulo Pimenta em 2011, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) enviou uma carta à associação com “a reivindicação do referido veículo e a restituição integral do preço que essa associação recebeu pela alienação do mesmo comprador”. José Ferro garante que não é a associação que tem de resolver o problema e já enviou toda a documentação do processo à ANPC para tratar do assunto. “Nunca foi minha intenção mover nada contra os bombeiros porque é uma instituição muito importante e não quero provocar complicações a ninguém”, esclarece Paulo Pimenta, dizendo acreditar que não houve má intenção em todo este processo, mas sim desconhecimento dos dirigentes na altura.
Bombeiros de Samora vendem jipe que não lhes pertence e criam imbróglio a empresário

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