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Câmara de Tomar chumba apoio a Carnaval e este ano não há desfile

Câmara de Tomar chumba apoio a Carnaval e este ano não há desfile

Organização pedia 15 mil euros de subsídio mas executivo entende que não há condições para desembolsar essa verba.

Os tomarenses que no próximo mês de Fevereiro pretendam ir celebrar o Carnaval vão ter que andar alguns quilómetros até à Linhaceira uma vez que este ano o município não vai subsidiar a TomarIniciativas -Associação de Cultura que tem organizado os festejos carnavalescos na cidade nos últimos seis anos. O assunto foi debatido em reunião de câmara. Em causa estava a atribuição de um subsídio de 15 mil euros - verba idêntica à do ano passado - que servia, sobretudo, para a organização pagar o aluguer dos carros alegóricos e o cachet do reis convidados. A proposta apenas acolheu o voto favorável do vereador socialista Luís Ferreira com os restantes elementos do executivo camarário, inclusive António Cúrdia que substituía José Vitorino (PS), a votar contra, vincando uma vez mais, que existe uma clivagem interna no seio deste partido.A “TomarIniciativas”, pela voz de Luís Honório, confessou a O MIRANTE a sua estupefação pelo chumbo até porque, quinze dias antes, o mesmo executivo decidiu atribuir cinco mil euros à Associação Cultural e Recreativa da Linhaceira, que organiza há anos, e de forma ininterrupta, um desfile de Carnaval. O presidente da Câmara de Tomar, Carlos Carrão (PSD), admitiu que na tarde do desfile há sempre algum impacto em termos de economia local na cidade mas salientou que “neste momento a câmara não tem condições de atribuir a mesma verba do ano passado”. O autarca defendeu que, com este interregno, chegou a altura de ser repensada a organização e o modelo do Carnaval em Tomar. Carlos Carrão frisou que a associação da Linhaceira assumiu a realização do Carnaval com ou sem apoio camarário enquanto Tomar faz depender os festejos do subsídio camarário. O vereador socialista António Cúrdia criticou o facto de este evento depender de um “envelope financeiro” considerando que o mesmo é “mais um gasto do que um investimento”.Mais contundentes, os vereadores do movimento “Independentes por Tomar” consideraram que “o Carnaval de Tomar destes últimos anos é caro e não tem qualidade” e que o evento em si “não traz valor acrescentado nem cultural, nem turístico consistente para a cidade”. Graça Costa referiu que este Carnaval Templário “nasceu de geração espontânea de um grupo de amigos” - cuja legitimidade os independentes não questionam - mas que “nunca evoluiu no sentido de ser um evento dinâmico, congregador e gerador de sinergias na comunidade”.Luis Honório recordou que a “TomarIniciativas” foi criada no final de 2007, com o propósito de “recuperar o sucesso de outrora” do Carnaval e foi o anterior presidente da câmara, António Paiva (PSD), que sugeriu que os mesmos se constituíssem como associação para que pudessem vir a ser subsidiados. “Somos uma associação sem fins lucrativos. Queríamos organizar um evento na cidade já que ninguém dentro da autarquia o faz e pensamos que conseguimos atrair gente nos últimos anos”, salientou. Reunidos “de urgência” na noite de sexta-feira, 18 de Janeiro, a “TomarIniciativas” decidiu realizar uma conferência aberta à população na noite de terça-feira, 22 de Janeiro, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais. Disponíveis para esclarecer quaisquer dúvidas, referem que querem discutir o Carnaval em Tomar “que a câmara decidiu não apoiar”, de modo a serem encontradas alternativas ao desfile com carros alegóricos que, sem apoio financeiro, não vai ser possível, de todo, levar avante.
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