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Diamantino Silvério morreu no dia do temporal mas não foi por causa do vento

Morte de idoso, que morava na aldeia de Carreira do Mato, junto à barragem do Castelo do Bode, foi relacionada com o mau tempo mas deveu-se a um AVC.

O homem de 85 anos que figurou nas estatísticas nacionais como a única vítima mortal associada ao mau tempo do passado fim-de-semana morreu após se ter sentido mal junto ao portão de sua casa. A informação foi assegurada a O MIRANTE pela neta, Lília Santos, na manhã de segunda-feira, 21 de Janeiro, na aldeia de Carreira do Mato, freguesia de Aldeia do Mato, em Abrantes. A família crê que Diamantino Silvério tenha morrido devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) fulminante, ou seja, que causa o óbito imediato após acontecer. “Realmente houve esse temporal no sábado, estava aqui muito vento mas, na verdade, e pelos sinais que apresentava, pensamos que foi um AVC fulminante que lhe deu”, testemunhou Lília Santos apontando para o portão onde os bombeiros ainda tentaram manobras de reanimação, no número 1293, da Rua da Casinha. A neta da vítima conta que, nos últimos tempos, o avô já se tinha sentido mal. No último sábado, foi dar uma volta e quando regressava a casa caiu no meio da estrada, batendo com a cabeça, tendo feito um corte. O corpo foi velado no próprio dia e o funeral realizou-se no domingo, pelas 14h30.A notícia foi avançada, por volta da hora de almoço de sábado, 19 de Janeiro, pela agência Lusa, sendo mais tarde, replicada por todos os jornais e canais de televisão. Só não foi desmentida nas horas seguintes porque, nem a família do idoso, nem os habitantes da pequena aldeia sabiam que se falava de Diamantino Silvério como vítima mortal do temporal. A primeira informação dava conta que o antigo merceeiro, teria sofrido um impacto de um portão projectado pelo vento, que lhe causou a morte por traumatismo craniano. A neta, Lília Santos, confessa que a família ficou “admiradíssima” quando começou a ser procurada pela comunicação social e pensa que o boato terá sido gerado pela forma como a morte aconteceu. “Se reparar, o portão, o mais pequeno, continua no mesmo sítio. Não foi arrancado nem tem nenhuma mazela”, afiançou. O comandante dos Bombeiros de Abrantes, António Manuel Jesus, explica que, quando os bombeiros chegaram ao local notaram que a vítima tinha um ferimento na cabeça e estava junto ao portão e foi isso que escreveram no relatório da ocorrência. O responsável salienta que a versão final da morte do idoso só pode ser atestada pela certidão de óbito.

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