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Samora Correia seria mais pobre sem a ARCAS que organiza o Carnaval

Samora Correia seria mais pobre sem a ARCAS que organiza o Carnaval

Dora Coutinho, presidente da associação, diz que as suas actividades contribuem para a economia local
O corso carnavalesco de Samora Correia, apresentado como o maior do Ribatejo, é a iniciativa com maior projecção da Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora (ARCAS). Este ano a cidade do concelho de Benavente prepara-se para receber milhares de pessoas nas várias iniciativas entre os dias 8 e 13, sendo o mais forte o de dia 12 com a participação do actor Fernando Ferrão da série humorística Malucos do Riso. A colectividade presidida por Dora Coutinho gostava de levar o ex-futebolista Futre a desfilar nas ruas da freguesia, mas o orçamento não o permitiu. Esta e outras iniciativas que atraem muita gente à terra levam a dirigente associativa a dizer que “sem a ARCAS Samora seria mais pobre”. Desde Setembro que os esforços dos elementos da associação estão canalizados para a organização do Carnaval, que no ano passado levou mais de 30 mil pessoas a Samora. “É o nosso principal cartão-de-visita. Nem as Festas de Samora trazem tanta gente no Verão”, reconhece Dora Coutinho. Só para este evento a organização estima gastar cerca de 30 mil euros, um número que só é possível graças ao voluntariado de todos os grupos que se organizam para participar no desfile. É o caso dos foliões, galhofas, birrinhas e saltitões que contam cada um com mais de 50 pessoas. Embora a ARCAS ceda o carro decorado, cada grupo é que investe nos fatos e adereços, com excepção de “Os Revisteiros” contratados directamente pela associação. A associação não passa ao lado da crise e nesta altura o objectivo da direcção é “manter os mesmos eventos com a mesma dignidade de outros anos. Mas está a ser difícil com a actual conjuntura”, admite a presidente. A colectividade também é responsável pelo Festival da Gastronomia em Julho e pelas Festas de Samora em Agosto. Para os que criticam a existência de muitas festas na freguesia, algumas no mesmo período, Dora Coutinho sublinha que são estas iniciativas que acabam por chamar gente à terra que contribuem para a economia local.Praticamente todos os meses, a ARCAS apresenta um evento para angariar verbas para as manifestações mais importantes. Mas a presidente não está satisfeita com o número de actividades que organiza e revela que tem vontade de criar um festival dedicado ao arroz carolino. “Esta associação tem dado muita vida à terra. Se não existíssemos, provavelmente outras pessoas acabavam por se associar e criar mais eventos. O nosso trabalho tem sido reconhecido”, diz Dora Coutinho. Seis dias de actividades carnavalescasEfigénia Saldanha, mais conhecida por Fézinha, de 73 anos, e José Ferreira, de 57 anos, são os Reis do Carnaval de Samora Correia. A apresentação dos reis decorreu no Palácio do Infantado, em Samora Correia. Fézinha participa no Carnaval samorense desde os cinco anos. Garante que nunca perdeu um único desfile. “É a festa do ano que mais gosto. Esqueço-me dos problemas da vida e divirto-me até não poder mais”, revela. Não ficou surpreendida por ter sido escolhida para o Carnaval, pela dedicação que tem tido à festa. As iniciativas de Carnaval da ARCAS começam na sexta-feira com desfile de instituições e crianças das escolas. No dia 9 às 21h30 há a coroação dos reis. Os corsos realizam-se no domingo e terça-feira, às 15h00, com a participação de escolas de samba. Na segunda às 22h30 há uma noite de Carnaval no pavilhão da ARCAS. Na quarta-feira, dia 13, encerram-se as actividades com o enterro do Santo Entrudo pelas ruas.Presidente mascara-se de palhaçoDora Coutinho, 44 anos está na direcção da ARCAS desde 2008. Há três anos que ocupa o cargo de presidente. Doméstica, dedica muito do seu tempo livre à associação. Desde pequena que participa no Carnaval de Samora Correia. A personagem que mais gostou de encarnar foi a de toureira devido à sua paixão pela festa brava. Este ano vai mascarar-se de palhaço. Quando era adolescente tinha pavor de andar na rua durante o Carnaval porque lhe atiravam ovos e farinha. “Naquela altura o Carnaval era muito trapalhão e algumas brincadeiras não tinham graça”, recorda. Costuma ir à Feira do Cavalo, na Golegã, à Feira de Maio em Azambuja ou à Festa da Amizade em Benavente, até porque não consegue aproveitar verdadeiramente as de Samora por estar a trabalhar.
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