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Grupo Recreativo e Cultural do Bom Retiro no caminho da recuperação

Colectividade continua a agregar mais de uma centena de jovens atletas de Vila Franca

Depois de um período conturbado o Grupo Recreativo e Cultural do Bom Retiro, Vila Franca de Xira, está no caminho da recuperação. O clube do principal bairro da cidade entra neste novo ano com 120 atletas e muito próximo de alcançar os mil sócios.

Cativar novos atletas, realizar uma gestão rigorosa e estabelecer parcerias com a comunidade educativa de Vila Franca de Xira são os principais objectivos da nova direcção do Grupo Recreativo e Cultural do Bom Retiro (GRCBR). À frente dos destinos do clube desde Maio de 2012 está Maria Manuel Mota, que diz que as dificuldades diminuíram mas só com novas parcerias será possível ao clube manter as suas actividades. “Avancei para a presidência porque não queria que o clube ficasse num vazio. Não podíamos deixar isto cair, até porque entendemos que os mais jovens devem ter este apoio na área desportiva”, explica a nova presidente da direcção a O MIRANTE. Maria Mota diz que a sua direcção “não é de continuidade” e garante que estão na calha mudanças dentro do clube. “Queremos fazer mais, alargar a nossa oferta aos jovens e aos adultos. Queremos inclusive lançar alguns workshops e promover actividades com a comunidade e os comerciantes do Bom Retiro”, explica. O vice-presidente do GRCBR, Mário Reis, explica que um dos objectivos para promover a maior utilização dos espaços desportivos do clube (três, no total) passa também por assinar parcerias com as escolas da cidade, para que estas promovam iniciativas desportivas no clube. “Enquanto para a anterior direcção o objectivo era associar o jovem que tinha as actividades, nós queremos que os sócios passem a ser os pais dos jovens que aqui andam. Isto porque 90 por cento dos nossos sócios eram jovens até aos 16 anos”, nota Maria Mota.Quase a alcançar a marca dos mil sócios e actualmente com 120 atletas, o grupo passou por diversas dificuldades ao longo da sua história e em 2009 o anterior presidente, António Lopes, chegou a confidenciar que sem novos atletas as portas do clube teriam de fechar. Um cenário que não se viria a concretizar. Os novos dirigentes confessam que nesta altura é difícil estar ao comando de uma colectividade. “Temos de dar o nosso tempo e se as coisas correrem menos bem ainda temos de levar com as Finanças”, lamenta a responsável. Com um orçamento anual de pouco mais de 25 mil euros, Mário Reis diz que o segredo para a sobrevivência do GRCBR é a vontade férrea dos dirigentes em fazer a casa crescer. Financeiramente a associação está equilibrada, não deve dinheiro aos bancos mas tem grandes despesas mensais com os seus atletas federados, que compõem mais de metade do grupo de jovens que praticam desporto na associação. O grupo, fundado no bairro do Bom Retiro no final dos anos 70 para promover a prática desportiva, viveu um dos seus momentos mais negros no final da década de 80, onde se verificou um vazio directivo que quase deitou tudo a perder. Valeu o vice-presidente da altura, António Sousa, que sozinho aguentou o clube durante oito anos, até à chegada da direcção de António Lopes. Maria Manuel Mota e Mário Reis destacam a ginástica como a principal modalidade do clube, embora os atletas também tenham à disposição Flexigym, Taekwondo, Jiu-Jitsu, Yoga, Hip-Hop e artes decorativas.Sem dinheiro para reparar o piso do ginásioA nova direcção da colectividade candidatou-se, no último ano, ao Programa de Apoio ao Movimento Associativo (PAMA) da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, um programa que todos os anos apoia as associações do concelho com perto de 700 mil euros. “Candidatámo-nos para recuperarmos o piso em madeira do nosso ginásio, que está degradado. A obra custava 600 euros mas não nos atribuíram esse valor”, lamenta Maria Mota, presidente do grupo. Os responsáveis dizem que a intervenção é urgente mas que não têm dinheiro para a fazer. Da Junta de freguesia da cidade também não recebem qualquer tipo de apoio durante o ano.

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