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Funcionária despedida por desfalque na Arpica mete instituição em tribunal

Chefe de secretaria da Associação de Reformados de Alpiarça, acusada de ter desviado 113 mil euros, quer que essa entidade lhe pague os ordenados relativos ao período em que esteve suspensa de funções.

A funcionária da Associação de Reformados de Alpiarça (Arpica) acusada de ter feito um desfalque de 113 mil euros meteu a instituição em tribunal. A trabalhadora, que foi alvo de um processo disciplinar que concluiu que foi a responsável pelo desvio do dinheiro, veio pedir o pagamento de dois meses de ordenado correspondentes ao período em que esteve suspensa de funções preventivamente. Em causa está no processo no Tribunal do Trabalho de Santarém uma indemnização de cerca de 9400 euros. A associação contestou a acção dizendo que é credora de uma quantia superior àquela que é reclamada pela funcionária, estando a correr um processo-crime no Tribunal de Almeirim .A funcionária, que era chefe de secretaria na Arpica (associação que acolhe idosos em centro de dia), considera que a suspensão não invalida que a entidade patronal não lhe pague o vencimento enquanto esteve afastada das funções. A trabalhadora comunicou no início de Novembro à instituição a resolução do contrato por facto culposo da entidade patronal, por esta não lhe ter pago os ordenados. O instrutor do processo disciplinar concluiu, por sua vez, que a suspeita do desfalque devia ser despedida por justa causa, o que foi feito passados alguns dias após a comunicação da resolução do contrato. A funcionária trabalhou durante mais de 13 anos na instituição desde 1999 e foi suspensa de funções em 14 de Agosto de 2012. Foi feita uma auditoria externa às contas da associação. A funcionária, segundo noticiou O MIRANTE em Outubro, assumiu numa primeira fase ter desviado cerca de 11 mil euros. O tesoureiro da instituição e marido da funcionária abandonou o cargo por decisão da direcção. Na altura o presidente da Arpica, no cargo há cerca de 15 anos, António Arraiolos, lamentou a situação e garantiu que nunca pensou que algum funcionário pudesse tirar dinheiro para proveito próprio.Quem descobriu o desfalque foi o contabilista da Arpica, apontando inicialmente para um valor de 75 mil euros. Quando a funcionária foi chamada para assinar a nota de culpa no âmbito do processo disciplinar, já não assumiu que tenha retirado dinheiro. Para evitar novos casos como este, o conselho fiscal decidiu criar mecanismos de fiscalização interna mais rigorosos, que não existiam, e criar também normas de funcionamento. O caso está agora para julgamento no Tribunal do Trabalho de Santarém depois de não ter havido acordo numa primeira audiência.

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