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O alívio de muitas dores passa pelas suas mãos

Paulo Frajuca é massagista há 16 anos e tem gabinetes em Fazendas de Almeirim, Salvaterra de Magos e Alpiarça

O bichinho nasceu quando fazia massagens ao irmão mais velho e mais tarde tornou-se a sua profissão.

Em criança o irmão mais velho pedia para Paulo Frajuca lhe fazer massagens ao final do dia e o menino gostava da sensação de proporcionar momentos de relaxamento aos outros. Aquilo que começou por brincadeira tornou-se numa paixão e encaminhou Paulo Frajuca para a profissão que pratica há 16 anos. Quando concluiu o 12º ano tinha apenas uma certeza: que não queria tirar nenhum curso de engenheiro, doutor ou professor. Em conversas com amigos descobriu escolas em Lisboa onde se fazia cursos de massagem. Arriscou e foi à aventura.Antes de se tornar massagista e nos tempos de estudante foi barman e fez várias campanhas de Verão numa adega cooperativa. Dinheiro extra que lhe sabia muito bem ganhar. Com 21 anos termina o curso e começa a trabalhar numa clínica de massagens em Almeirim onde, diz, aprendeu muito. Em 2004 aventurou-se a trabalhar por conta própria. Ainda deu aulas durante um ano numa escola de massagens em Lisboa que conciliava com o trabalho no gabinete que criou em sua casa, em Fazendas de Almeirim.O trabalho cresceu e actualmente Paulo Frajuca possui espaços em Fazendas de Almeirim e Salvaterra de Magos, onde passa grande parte do seu tempo. Também tem um pequeno gabinete em Alpiarça mas só lá vai quando há marcações. Dentro de um mês vai abrir instalações em Santarém, perto da Rotunda do Forcado e do Instituto Politécnico de Santarém. Nessa altura, passa a estar durante a manhã em Salvaterra de Magos, à tarde em Santarém e à noite em Fazendas de Almeirim.Apesar da crise que está instalada em Portugal, o massagista diz que não se pode queixar pois não lhe vai faltando trabalho. Nota é que as pessoas têm dificuldade em pagar. “Há quem peça para fazer o tratamento agora e pagar no fim do mês. Outras precisavam fazer cinco tratamentos, por exemplo, para recuperarem na totalidade mas só fazem dois porque não podem pagar mais. Eu facilito porque sei que as coisas não estão fáceis”, explica a O MIRANTE.Quando o paciente chega às ‘mãos’ de Paulo Frajuca é feita a avaliação da dor, há quanto tempo a sente e o que a terá causado. Com formação em osteopatia, o massagista une as duas técnicas. Primeiro é feita a massagem relaxante e depois executa as manobras de manipulação da coluna com movimentos de osteopatia. Uma sessão dura entre 30 minutos a uma hora e um tratamento pode necessitar de mais do que uma sessão. Tudo depende do problema físico de cada paciente.Noventa por cento dos casos que Frajuca trata derivam de problemas de coluna, relacionados com má postura no local de trabalho, com carregar pesos excessivos ou dar maus jeitos fazendo esforços. “Uma pessoa que passa muitas horas sentada devia levantar-se de vez em quando para esticar a coluna. É fundamental para não ter dores”, esclarece. Existem bloqueios na coluna feitos através de esforços desnecessários como empurrar móveis, por exemplo. No entanto, também um espirro pode provocar um bloqueio lombar “complicado”.Sempre que aparece um cliente novo é necessário quebrar o gelo. Paulo Frajuca fá-lo com facilidade. “Com os homens converso sobre futebol e com as senhoras sobre televisão. Só evito falar na crise para não as deixar deprimidas. Tento sempre levantar-lhes o astral”, conta bem disposto acrescentando que é muito fácil criar laços de amizade com os pacientes. A parte negativa é quando pessoas com cancro o procuram porque acham que o massagista os pode ajudar. Nesses casos, conversa com as pessoas, serve um pouco de psicólogo e explica-lhes que o seu trabalho “infelizmente” não cura doenças graves. “Mas não lhes viro as costas, oiço-as e tento dar-lhes algum ânimo mesmo sabendo que estão a atravessar um período delicado”, sublinha.Adepto das terapias alternativas, Frajuca tem formação em reiki - relaxamento e bem-estar através da energia que circula no corpo - e aplica esse conhecimento nos pacientes que estejam receptivos a isso. “Muitos ficam de pé atrás porque não sabem o que é, mas quem experimenta não quer outra coisa. É muito relaxante e a pessoa sente-se como nova no final de cada sessão”, garante. Em breve pretende iniciar um curso de shiatsu para adquirir mais conhecimentos que lhe permitam enriquecer o currículo.

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