uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Vice-presidente demarca-se da polémica sobre facturas por registar na Câmara de Almeirim

Sousa Gomes insinua que Pedro Ribeiro pode ter interferência e ainda não levantou processo a chefe da contabilidade
O vice-presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro, recusa ter alguma coisa a ver com o boicote interno de que o presidente da autarquia, Sousa Gomes, diz ter sido alvo no processo de candidatura ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Pedro Ribeiro em resposta às insinuações de que pode ter tido interferência nos serviços de contabilidade que tinham facturas que não estavam registadas, enviou um e-mail no qual diz que desconhece qualquer assunto relacionado com o PAEL para além daquilo que foi a reunião de câmara e assembleia municipal. “Acreditei que o senhor presidente, sendo responsável directo desde 1990 por esta área das finanças e contabilidade estava melhor informado que eu sobre a adesão ao programa”, realça o vice-presidente. Pedro Ribeiro reconhece que na altura em que se falou na candidatura do município ao programa, que no fundo é um empréstimo para pagar dívidas com mais de 90 dias, manifestou dúvidas sobre o programa. Mas recorda que posteriormente votou “favoravelmente e solidariamente” com o presidente da câmara”. Este é mais um episódio no relacionamento entre os dois autarcas depois de Sousa Gomes ter vindo a público dizer que não apoiava o seu número dois a candidato à presidência da autarquia pelo PS, a que ambos pertencem. Sousa Gomes envolveu Pedro Ribeiro na polémica sobre o facto de a contabilidade da autarquia não estar em dia. Mas em declarações a O MIRANTE diz que não pode fazer uma acusação directa, insinuando apenas haver uma ligação porque a chefe da contabilidade se recusou a fazer a candidatura por não concordar com ela e que Pedro Ribeiro tinha manifestado também a sua discordância. E diz suspeitar que possa haver uma ligação entre ambos porque o vice-presidente fala muito com a responsável da contabilidade. “Naturalmente que com quem ela devia falar era comigo”, realça Sousa Gomes.A candidatura acabou por ser feita pelo Revisor Oficial de Contas do município que a pedido do presidente fez um levantamento da situação financeira da autarquia. Que revelou que existiam facturas não cabimentadas e registadas na contabilidade em 6 de Novembro no valor de 370 mil euros. Sousa Gomes diz que se as facturas estivessem em dia a autarquia podia incluir esta verba também no PAEL e ter agora as dívidas a mais de 90 dias saldadas. No entanto reconhece que o valor em causa para o volume financeiro que a câmara movimenta não é uma situação de grande gravidade.Questionado sobre se ao tornar esta situação pública a imagem da autarquia não fica afectada, Sousa Gomes responde: “tenho a noção que não prejudica porque os valores em causa não são elevados”. E sublinha que o levantamento feito pelo revisor demonstra que a autarquia tem uma boa saúde financeira. No entanto realça que os procedimentos é que são “reprováveis”, mas que não está “aborrecido nem contra ninguém”. Sobre se vai levantar um processo disciplinar à chefe da contabilidade, o presidente diz que ainda não pensou nisso e que essa é uma decisão que ainda não está tomada.

Mais Notícias

    A carregar...