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Fatias de Cá apresenta “Ligações Perigosas” em filme

O grupo de teatro de Tomar promete fazer mais três filmes

Dia 1 de Março a partir das 21h21 no cineteatro Paraíso com os actores que costumamos ver em carne viva nos mais diversos cenários, agora sentados na plateia a olharem o seu trabalho na tela.

Depois de onze adaptações ao cinema, a famosa obra de Choderlos de Laclos, “Ligações Perigosas” vai conhecer uma décima segunda versão, esta agora totalmente portuguesa e da responsabilidade do grupo Fatias de Cá. Com um grupo de actores dirigidos pelo seu encenador Carlos Carvalheiro e com a realização de António Bento Palma, a “estreia mundial” tem lugar na sexta-feira, 1 de Março, pelas 21h21, no Cineteatro “Paraíso”, em Tomar. Diz a sinopse que o filme trata a perversa e fascinante marquesa de Merteull que planeia vingar-se do seu último amante com a ajuda do seu velho amigo, o visconde de Valmont, um ser amoral e tão cínico quanto ela. Para tal, desafia-o a seduzir a jovem e inocente Cécile de Volanges, noiva do ex-amante. Mas o verdadeiro desafio para Valmont é seduzir Madame de Tourvelm uma mulher casada e virtuosa. O filme tem duração de uma hora e meia e os bilhetes custam 7, 77 euros, com a oferta do DVD incluída. Segundo o director do Fatias de Cá, Carlos Carvalheiro, a ligação do grupo à obra “Ligações Perigosas” de Choderlos de Laclos, surgiu em 1996 quando o grupo “estava numa situação terminal: não tinha espectáculos em cena, estava tecnicamente falido e o elenco estava reduzido a meia dúzia de pessoas”, escreve na página do grupo no Facebook. “Foi por isso que se decidiu fazer uma última tentativa: montar em teatro “As Ligações Perigosas”. E ficou logo combinado que, se não resultasse, eu faria sozinho um espectáculo de despedida (“A Missão” de Ferreira de Castro) e acabávamos com o Fatias de Cá”.E da peça de teatro chegou-se ao filme. “O grupo de trabalho era constituído, para além de mim, por um conjunto de belíssimas actrizes - Ana de Carvalho, Ana Paula Eusébio, Gabriela de Azevedo, Isabel Passarito e Joana Jacob - todas com largos anos de ligação ao Fatias de Cá, ao qual se juntou a Teresa Borges e um jovem actor que, a meio do processo, foi comprar tabaco e nunca mais voltou. Para o substituir teve de se “requisitar” o Paulo Moura porque o protagonista, Valmont, precisava de ser morto em duelo. A estreia aconteceu no Convento de Cristo, em Tomar, em 30 de Agosto, e arriscaram-se quatro espectáculos por semana, durante o mês de Setembro. Contrariamente a tudo o que se podia imaginar, foi um sucesso de público. “As Ligações Perigosas” fizeram uma carreira de mais de 100 apresentações, a última das quais no Festival de Teatro de Caracas (Venezuela) em 2005. Passados dez anos, estávamos todos a ficar um bocado coirões para as personagens que interpretávamos e decidimos então filmar a peça. Conhecemos o António Bento Palma e a Nacional Filmes, gostámos uns dos outros e partimos para as filmagens, em 2007. E aí estão “As Ligações Perigosas” do Fatias de Cá filmadas no Convento de Cristo prontas para serem vistas em ecrã de cinema”, resume.Esta incursão do Fatias de Cá no cinema não será a última. O grupo tem já preparados mais três filmes: Richard III, A Comissão de Festas e O Anel Quebrado. Entretanto continua com a sua actividade normal. Nesta altura tem em cena três peças de teatro, O Nome da Rosa e A Festa de Babette (Convento de Cristo, em Tomar) e L’ Odeur (Destilaria da Brogueira, Torres Novas).

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