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Rádio Hertz com especial Quinta do Bill

Música e depoimentos sobre a banda ao longo do dia da entrega dos prémios O MIRANTE
Ao longo de quinta-feira, dia 21 de Fevereiro, a Rádio Hertz de Tomar, transmitiu um especial “Quinta do Bill” - Personalidade do Ano, durante o qual transmitiu músicas dos oito álbuns da banda e depoimentos de fãs e de personalidades da cidade. A responsabilidade da iniciativa foi do director da estação, João Franco e da locutora Helena Gomes. A ideia partiu de uma sugestão de um leitor de O MIRANTE deixada na caixa de comentários do jornal.Um dos depoimentos mais significativos foi o de João Portela, letrista de grande parte das canções dos Quinta do Bill, considerado como o sexto elemento. Embora nos últimos a sua participação no projecto seja muito menor, a banda continua a considerá-lo como fazendo parte da família. “Em alma continuo a fazer parte dos Quinta do Bill”, disse o entrevistado, que contou a história de algumas das letras que escreveu. “A minha participação foi consequência da amizade pessoal com o Carlos Moisés. Foi em 1988/89, eu era crítico de música e já escrevia. A nossa colaboração não era convencional. Ele escrevia as melodias e dava indicação de como seria o desenho da frase da letra do ponto de vista fonético. Limitava-me mas adaptei-me. Se eu tiver que escolher uma letra que me marcou foi “Dias de Cumplicidade”, razões estritamente pessoais. Escrevi para registar um acto de infelicidade imensa. A perda de alguém muito próximo com vinte e poucos anos de idade. A letra que me deu mais prazer no contexto dos Quinta do Bill foi Os Filhos da Nação”.João Portela diz que a letra resultou da observação que fazia dos seus colegas do Instituto Superior Técnico, no tempo do Governo Guterres. “Aquela letra nunca foi entendida. Até nos conotaram com a extrema-direita. Não era nada disso. “Era uma celebração dos meus colegas que eram muito ambiciosos. Que integravam o Governo e que eram vistos como Deuses. Foi esse quadro dessa situação que pintei com palavras”. Quanto às canções que, segundo ele, reflectem os dois pólos do grupo, Folk e Pop, refere Os Filhos da Nação, que é uma celebração e que resulta bem nos concertos e “Se te Amo”, uma canção pop que por isso mesmo passa melhor nas rádios e que, defende, “foi a primeira grande afirmação do Carlos Moisés enquanto compositor”.Para o Padre Mário, os Quinta do Bill “souberam sempre ser arautos de uma mensagem que é pura. Que é entendível. Que mexe com aqueles que têm sentimentos”. O conhecido religioso diz que os "Quinta do Bill têm alma solidária” e confessa que os ouve, principalmente quando conduz porque as músicas transmitem-lhe tranquilidade. “Gosto muito do violino. É o instrumento do amor”, afirmou.Rute de Oleiros, Castelo Branco, Paulo Jorge, de Lisboa mas a residir em Porto Alto, concelho de Benavente, e Rosinha, do Porto, admiradores e seguidores da banda realçaram a simplicidade dos músicos e o facto de serem acolhidos sempre que os procuram, como amigos. Os três são contra qualquer possibilidade do grupo vir a cantar em inglês e acusam as rádios nacionais de não passarem músicas dos Quinta do Bill, situação que consideram injusta.“Símbolo de Tomar moderno” foi a designação escolhida por António Paiva, ex-presidente da câmara para definir o grupo. O maestro tomarense António Sousa, que nos anos 60 pertenceu a um outro grupo musical da cidade que ganhou projecção nacional “Filarmónica Fraude”, realça o facto dos Quinta do Bill nunca terem ido para Lisboa. Bruno Graça, presidente da Associação Filarmónica Gualdim Pais referiu-se ao concerto conjunto que a banda da Sociedade e os Quinta do Bill vão dar na praça de touros da cidade, em Julho deste ano.

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