O tema do desemprego foi um dos escolhidos pelo candidato do PS à presidência da Câmara Municipal do Entroncamento, Jorge Faria, para criticar a política do actual executivo de maioria PSD. Na sexta-feira à noite, dia 15, na apresentação pública da sua candidatura num restaurante do vizinho concelho da Barquinha, em que estiveram presentes mais de duas centenas e meia de pessoas, o economista e professor de gestão, não disse o que fará para atenuar o desemprego no concelho mas referiu o que, segundo ele, deveria ter sido feito pelo actual executivo municipal de maioria PSD. “Pergunto, se os fundos públicos, que o actual executivo tem afectado à construção de estabelecimento de bebidas e restauração, promovendo inclusive situações de concorrência desleal no sector, não teriam sido mais bem empregues (...) no desenvolvimento de parcerias com vista à criação de incubadoras de empresas (...) na melhoria das condições de atractividade de novas empresas (...) ou no apoio às empresas existentes (...)?”, questionou.Horas antes da apresentação pública do candidato socialista do Entroncamento, que contou com a presença do Secretário Geral do PS, António José Seguro, que ali foi comentar, para as televisões, a 7ª avaliação da troika, o Ministro das Finanças tinha revelado que o desemprego irá crescer acima do previsto, ultrapassando um milhão de pessoas dentro de alguns meses.António José Seguro chegou de comboio como tem acontecido com muitos outros políticos quando se deslocam ao Entroncamento, sendo recebido por Jorge Faria na estação. O candidato denunciaria mais tarde, no seu discurso, a degradação não só da estação, propriedade da empresa Refer, mas de todo o espaço ferroviário da “cidade ferroviária” tendo referido que irá trabalhar em conjunto com outras entidades para “preservar o património edificado e melhorar as acessibilidades e a segurança de todos quantos no seu dia-a-dia necessitam de recorrer ao comboio”.O candidato, que não é filiado no PS, apresentou-se sob o lema “Uma cidade para as pessoas” e abordou também o tema da segurança, tendo criticado o facto da nova esquadra da PSP ir localizar-se junto à estação de caminho de ferro, uma escolha feita pelos responsáveis daquela força de segurança. Para Jorge Faria, a câmara municipal não teve capacidade para defender os interesses do concelho, fazendo com que aquele equipamento ficasse na freguesia de Nossa Senhora de Fátima (zona norte), junto ao bairro social Frederico Ulrich, o que, segundo ele, contribuiria “para diminuir os níveis de insegurança sentidos naquela zona da cidade” e “para o desenvolvimento de uma nova centralidade”.