O Município de Vila Franca lançou um portal de atendimento online para que quem não possa ou não queira deslocar-se à autarquia tenha a possibilidade de “falar” com os vereadores através da internet. O projecto está ainda na fase experimental e se tiver uma boa adesão poderá ser alargado com outros serviços. O primeiro vereador a utilizar esta nova tecnologia é Fernando Paulo Ferreira, que tem os pelouros da modernização, qualidade e tecnologias de informação e pode ser contactado na página . O portal de atendimento requer registo e aceitação de condições previamente estabelecidas, como o respeito pelos membros presentes e a utilização de cordialidade no discurso. Os visitantes terão também acesso a um fórum onde podem ser discutidas ideias ou problemas vividos no concelho dentro da área de abrangência de cada um dos vereadores do executivo. O portal de atendimento vai incluir ainda um blog onde os eleitos irão prestando contas das actividades que vão desenvolvendo. “A grande vantagem do projecto é permitir aos moradores utilizarem as ferramentas informáticas para se aproximarem da administração pública. Queremos que as ligações entre os eleitos e a população sejam mais curtas”, realça Fernando Paulo Ferreira. O vereador vai teclar com os munícipes nas terceiras quintas-feiras de cada mês a partir das 21h00. Para já não existe nenhuma ferramenta para bloquear o acesso a quem viole as condições de acesso mas os técnicos informáticos do município estão atentos e quem se “portar mal” pode ser expulso do programa. “Desde 2010 que temos feito um trabalho interno de desmaterialização de processos e já metade dos nossos serviços funcionam por via digital, com assinatura electrónica do cartão de cidadão, desde vereadores a técnicos. Mas ainda não temos essa funcionalidade aberta ao público. Esse será o passo seguinte”, explica o autarca. Estes procedimentos digitais têm permitido uma poupança anual na casa dos 200 mil euros. Recentemente o município apostou na criação de zonas de acesso gratuito à internet por todo o concelho através de redes sem fios (“hotspots”) e tem em marcha a instalação de quadros electrónicos nas salas de aula do primeiro ciclo do concelho.