A deputada Ana Drago, do BE, entregou um requerimento à Mesa da Assembleia para que o Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações diga para quando está prevista a instalação da passagem superior sobre as vias férreas na estação de caminho-de-ferro do Entroncamento e explique as razões para o atraso no cumprimento do compromisso assumido pela Refer.Em Julho de 2011, aquela empresa, responsável pela rede ferroviária, comprometeu-se a melhorar as condições de segurança da estação, na sequência de alguns acidentes mortais. Entre as medidas anunciadas estava a instalação, até ao final de 2012 de uma passagem superior sobre as vias férreas, “para acesso desnivelado aos cais entre a zona das bilheteiras e a plataforma central, dotando de escada e elevadores”, o que não aconteceu.Em Janeiro deste ano, questionada por O MIRANTE, a empresa respondeu que uma estrutura retirada de outro local estava nas suas instalações no Entroncamento, mas não indicou qualquer data concreta para a sua instalação, limitando-se a referir: “(...) foi elaborado um concurso público, cujo processo decorre, sendo expectável que a intervenção venha a ser concluída até ao final de 2013”.A remodelação total da estação do Entroncamento foi prometida quando António Guterres foi primeiro-ministro e chegou a estar incluída no plano de renovação da linha do Norte mas de então para cá apenas foram feitas pequenas obras para diminuir os riscos de atravessamento das linhas pelos passageiros, nomeadamente a colocação de vedações e alguma sinalização.No requerimento assinado pela deputada do BE e entregue a 21 de Março, é recordado que “A Estação de Caminhos de Ferro do Entroncamento é uma das maiores e mais importantes estações da nossa rede ferroviária. Aqui entroncam as linhas do Norte, da Beira Baixa, do Leste e ainda o Ramal de Tomar, assegurando o transbordo a passageiros de todo o país. Mas, além de constituir um importante nó do tráfego ferroviário nacional, é a mais importante estação do Médio Tejo, por aí fluindo largos milhares de passageiros, em movimentos pendulares, quer para Lisboa, quer para outras cidades do distrito de Santarém”.