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PSD acusa advogado da Câmara de Ourém de ter sido ofensivo com Santuário de Fátima

Partido quer que presidente da autarquia peça desculpa
O PSD de Ourém acusa um advogado que presta serviços à Câmara de Ourém de ter sido “ofensivo” e inconveniente” com o Santuário de Fátima e critica a forma “disparatada e despropositada” como o mesmo se pronunciou sobre o Santuário de Fátima num processo que esta entidade colocou contra a autarquia por causa da posse de um terreno. Em comunicado, o PSD de Ourém refere que enquanto eleitos da autarquia “repudiam” a linguagem utilizada pelo advogado Cândido Oliveira. “Não nos revemos em atitudes desta natureza que não servem nem defendem os interesses e a dignidade do concelho de Ourém e que, não temos dúvidas, envergonham os oureenses que reconhecem a importância e o significado da instituição Santuário do Rosário de Fátima e respeitam todos quantos a representam e nela trabalham”, afirma os social-democratas.Além de não se rever na atitude do advogado Cândido Oliveira, o PSD de Ourém apelou à maioria socialista que gere a Câmara de Ourém, sobretudo ao presidente Paulo Fonseca (PS), que, a bem do concelho, se demarquem publicamente deste caso pedindo desculpas ao Santuário e que retirem a confiança profissional a Cândido de Oliveira que, dizem, “ultrapassou todos os limites aceitáveis no âmbito das suas competências”.A tomada de posição do PSD surgiu após a publicação da notícia de O MIRANTE (ver edição 14.Março.2013), onde se conta que o advogado da Câmara de Ourém ridiculariza o Santuário de Fátima num processo movido contra a autarquia, em que o santuário pede a posse de uma parcela de terreno. Ao processo, que está no tribunal da cidade, o advogado veio dizer que esta questão é a prova de que “algo terá que mudar na nossa igreja”, realçando que o santuário anda desnorteado, que tem uma visão “extraterrestre”, acusa os jovens padres de “nem sequer conhecerem o segredo de Fátima” e diz que entre as funções dos membros da igreja está comerem pouco para não engordarem e assim não cometerem o pecado da gula.Cândido Oliveira faz uma série de considerações sobre a igreja e o santuário ao longo de várias páginas, mais como crítica do que como justificação clara para o facto de a autarquia considerar que o terreno em causa é público. “Com esta idade, depois de já ter ido centenas de vezes à Cova da Iria”, o advogado diz que nunca viu “algum padre, bispo, cardeal ou Papa fazerem o percurso de joelhos da cruz alta até à capelinha”. E salienta que o autor da acção “foi fabricado para rezar sobre os mortos e os vivos e nada mais”.O Santuário de Fátima meteu em tribunal um processo contra a Câmara de Ourém no qual pede que seja declarado dono de uma parcela de terreno junto ao santuário - em forma de triângulo entre a praceta Santo António e a Rua Francisco Marto, com uma área total de 459,79 metros quadrados, justificando que já usa o espaço há 50 anos.

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