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Comunidade Intermunicipal da Lezíria prefere estar no Turismo do Alentejo

Presidente da CIMLT e da Câmara de Almeirim diz que a região não tem sido beneficiada pelo Turismo de Lisboa e Vale do Tejo

Para Sousa Gomes, o autarca de Almeirim que preside à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, que agrega 11 municípios, esta sub-região pode ter mais a ganhar se estiver integrada no Turismo do Alentejo, porque as coisas não têm funcionado bem com a actual Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo.

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) concorda com a integração desta sub-região passar para o Turismo do Alentejo porque perante o que tem sido feito na promoção turística da região “pior não vai ficar”. Sousa Gomes, que é também presidente da Câmara de Almeirim, admite que não tem havido grandes vantagens para os municípios com a Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, presidida pelo seu colega de partido Joaquim Rosa do Céu, que foi presidente da Câmara de Alpiarça. A mudança está prevista na nova lei da reorganização das Entidades Regionais de Turismo e será praticamente inevitável apesar de a entidade alentejana requerer a sua alteração.Sousa Gomes (PS) critica o facto de quase tudo o que toca a turismo na região ser absorvido por Lisboa e considera que a Lezíria do Tejo até tem vários produtos que se identificam com os do Alentejo. O presidente da comunidade (que agrega os municípios de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém) lembra que já estão dependentes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo para efeitos de obtenção de fundos comunitários. Para o presidente da CIMLT e autarca “não houve nenhuma benesse com a criação do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo”, realçando que no Turismo do Alentejo a sub-região pode tirar mais vantagens. “Os alentejanos que são acusados de imobilismo, na promoção dos seus produtos têm feito um bom trabalho”, sublinha Sousa Gomes. Nas críticas à promoção do turismo o presidente é acompanhado pelo autarca da Chamusca, Sérgio Carrinho (CDU), que diz apoiar a posição da comunidade salientando que não “houve incrementos especiais em termos de turismo na região”. O presidente da Câmara de Coruche, concelho que faz fronteira com o Alentejo, também concorda que “as coisas não têm resultado”, mas tem esperança que não ocorra para já a mudança e que possa ser melhorada a ligação do Vale do Tejo a Lisboa que, realça, ainda não teve uma verdadeira agregação. Dionísio Mendes (PS) concorda que há produtos de referência comuns ao Alentejo e à Lezíria do Tejo, como o vinho, mas entende que ainda faz sentido lutar pela permanência na Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo se existir uma maior complementaridade com os municípios.Turismo do Alentejo pede rectificação da lei O Turismo do Alentejo quer que seja feita a rectificação da nova lei por discordar da integração dos concelhos da Lezíria do Tejo na região. “É um equívoco complexo e uma situação que não faz sentido nenhum e, por isso, achamos que deve ser corrigido”, argumentou à agência Lusa o presidente da Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva. Para a Turismo do Alentejo, esta situação “retira o direito de intervenção promocional à região de Lisboa e Vale do Tejo sobre aquele território” e, ao mesmo tempo, “desvirtua as já estruturadas marcas turísticas de cada destino”, nomeadamente da região alentejana. Face à iminência da lei entrar em vigor, a Turismo do Alentejo reclama, por isso, a alteração da mesma, com a rectificação desta situação “totalmente inapropriada, para não dizer absurda”.

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