Estando o nosso país a atravessar uma época em que este, como qualquer outro tipo de turismo, não só é bem-vindo como se torna cada vez mais necessário, não posso concordar com esta alteração. Mesmo sem conhecer a sua razão. Os peregrinos planeiam com meses e anos de antecedência as suas etapas de peregrinação, consoante a sua forma e capacidade física, idade e meio de fazer o caminho. A pé, de bicicleta, a cavalo, etc... Porque o nosso país não tem albergues para peregrinos como acontece em Espanha, devia ser uma preocupação dos nossos responsáveis a passagem dos peregrinos pelas localidades e não desviá-los das mesmas. Devia ser preocupação dos responsáveis a estimulação da economia local, divulgação do caminho e o mais importante, na minha opinião, como amante dos caminhos de Santiago, não abandonar os peregrinos. No caso da Azinhaga é ainda mais curiosa tal decisão, visto tratar-se duma localidade que está no caminho e intimamente ligada aos peregrinos de nacionalidade espanhola que serão a grande maioria dos que percorrem este caminho. José Saramago é mais lido no país vizinho do que no nosso próprio país! Não estamos mesmo no “bom camiño”.Augusto Cebolais