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Oposição critica aumento de despesa do município de Ourém

Luís Albuquerque afirma que o total dos valores em dívida e dos compromissos assumidos para os próximos anos atinge o valor de mais de 52 milhões de euros.

Os vereadores da oposição na Câmara de Ourém, Luís Albuquerque e Humberto Antunes (PSD), acusam o executivo liderado pelo socialista Paulo Fonseca de demagogia e tentativa de “iludir” os oureenses na apresentação do relatório de contas e gestão do município referente a 2012. Apesar do executivo referir que “imprimiu um controle nos custos do município tendo alcançado uma redução efectiva de despesa em quase dois milhões de euros”, os vereadores do PSD referem que os números apresentados no relatório demonstram que houve um aumento dos custos (excepto nas amortizações e provisões) em cerca de 900 mil euros comparando com o ano anterior.Na declaração política apresentada em sessão camarária, Luís Albuquerque afirma que o total dos valores em dívida e dos compromissos assumidos para os próximos anos atinge o valor de mais de 52 milhões de euros. Em Dezembro de 2009, no relatório de contas desse ano, as mesmas parcelas totalizavam cerca de 50.684 milhões de euros. Também a conta de Fornecimentos e Serviços Externos - que engloba todas as despesas correntes do município - mereceu preocupação por parte da oposição. Segundo os vereadores, esta parcela registou um aumento de 809 mil euros, ou seja, mais 7,94 por cento. “Se a este valor acrescentarmos mais 18,30 por cento, que foi o aumento percentual registado desde 2009, chegamos à conclusão que esta rubrica registou um aumento de 26,24 por cento. Uma situação que não deixa de ser curiosa tendo em conta que o objectivo estratégico deste executivo era baixar as despesas correntes em 30 por cento”, criticaram. Luís Albuquerque referiu ainda que o passivo do município cresceu cerca de três milhões e meio de euros comparando com os números a 31 de Dezembro de 2009 (50,7 milhões de euros), situando-se em 31 de Dezembro de 2012 nos 54,3 milhões de euros.Apesar das críticas da oposição, o executivo municipal tem uma leitura diferente dos números do relatório de contas. Na nota introdutória do documento, Paulo Fonseca refere que o actual mandato tem sido marcado pelas dificuldades económicas nacionais, agudizadas por medidas governativas que continuam a estrangular o crescimento económico. Nesse sentido, o actual executivo “tem desenvolvido um plano de recuperação financeira que tem levado à redução da despesa em alguns sectores, dirigindo os recursos disponíveis para os imperativos que o nosso concelho carece”, reforça, acrescentando que têm reforçado o apoio às famílias carenciadas do concelho.Paulo Fonseca afirma também que as amortizações na despesa em 2012 se cifram nos 10.782.460,61 euros, o que representa “quase um terço” dos custos resultantes da continuidade nos investimentos que têm sido impressos. No entanto, admite que “fruto do contexto económico” os proveitos diminuíram de cerca de 31 milhões de euros para aproximadamente 29 milhões de euros, o que impossibilitou um resultado mais favorável. O presidente reforça que, como “consequência da boa gestão deste município”, a margem de endividamento aumentou em cerca de dois milhões de euros, representando uma maior capacidade de endividamento líquido.Fonseca diz ainda que, devido às limitações financeiras administrativas, vão ser forçados a encerrar alguns serviços que o município presta aos seus cidadãos, “com nefastas e incalculáveis penalizações para todos nós”, concluiu. O documento foi aprovado com duas abstenções dos vereadores do PSD. O vereador independente, Vítor Frazão, votou favoravelmente.

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