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Simbiose empresarial

Simbiose é um termo da biologia/ecologia que traduz a associação de dois ou mais seres de diferentes espécies que vivem conjuntamente com vantagens recíprocas. Isto é, uma relação mutuamente vantajosa, plena de sucesso, tipo win win por excelência.Nos ecossistemas antrópicos também é assim, este substantivo feminino, atribui-se a relações plenas de sucesso. Mais, a relações onde o sucesso só é possível se existir simbiose. O escritor só tem sucesso se existir uma simbiose entre a sua escrita e os seus leitores. Também é assim com os professores e os seus alunos e, se quisermos, entre os políticos e os seus eleitores. De forma mais ou menos obrigatória, este relacionamento dependente é geral e da sua eficácia ditará o seu sucesso. Já o sabemos, e sentimo-lo, o nosso sucesso depende do relacionamento com tudo o que nos rodeia, quanto mais simbiótico melhor. Também é assim com as empresas e o mercado. O sucesso de uma empresa é tanto maior quanto mais eficaz for a sua simbiose com o mercado.Obviamente que quando falamos de simbiose empresarial estamos também a falar de cooperação e parceria. Todos estes são termos essenciais para o sucesso.Este tipo de relacionamento, a nível empresarial, acontece naturalmente quando os negócios são pensados e desenhados estrategicamente. Neste desafio as entidades gestoras e reguladoras devem ter igualmente o seu papel, na procura e incentivo das complementaridades que convidam à simbiose.Assim, os inúmeros parques empresariais e de negócios existentes na região, de todos os tipos e gostos, devem atender a uma atitude de simbiose empresarial no desenvolvimento de negócios. Estes parques, como ecossistemas empresariais, muito mais do que promoverem a existência de infraestruturas de excelência e a proximidade geográfica entre empresas, têm de incentivar uma cultura e atitude simbiótica entre empresas. As oportunidades e os bons exemplos são muitos e esta é a altura de passar dos conceitos retóricos à prática.Por último, dois outros aspectos muito relevantes;, a interface entre as empresas e os centros de saber (universidades, politécnicos, etc.) é obrigatória. O esforço do país em investimento na investigação tem de se traduzir, inequivocamente, na criação de riqueza. Os caminhos entre a investigação e as empresas não podem continuar paralelos, têm que se intersetar. Também a cooperação entre sectores pode ser altamente estratégica, designadamente entre a pecuária e a agro-florestal, que tanta importância tem na região. Os efluentes gerados no setor pecuário, de enorme carga poluente e, por isso, constituindo um grave problema ambiental, são uma mais-valia fertilizante para os solos agrícolas.É simples e fácil, basta fazer.Carlos A Cupetocupeto@uevora.pt - Professor na Universidade de Évora

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