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Centro de Estudos de Fátima educa para um futuro assente em valores de cidadania

Centro de Estudos de Fátima educa para um futuro assente em valores de cidadania

O director executivo, Manuel Bento, diz que a escola é também uma empresa âncora da região
"Estamos ao serviço da comunidade, da família e da educação". É desta forma que o director executivo do Centro de Estudos de Fátima, professor Manuel Bento, descreve o lema da instituição de ensino particular que lidera há quase cinco anos. Com uma experiência anterior de quinze anos em assessoria de direcção, o responsável defende que as escolas, sejam públicas ou privadas, "são sempre empresas educativas", devendo ser geridas com rigor para que os lucros possam vir a ser aplicados novamente ao serviço da comunidade educativa. "Temos nas mãos o que é mais sagrado: as crianças. Tudo gira à volta da qualidade, rigor, atenção e do enfoque que temos que ter para com os nossos alunos e que monitorizamos constantemente, tentando sempre um equilíbrio orçamental", atenta Manuel Bento, 51 anos, que deixou de dar aulas nas áreas de Biologia e Geologia para se dedicar exclusivamente à gestão da escola que conta com 1200 alunos – embora tenha capacidade para 1600 educandos – e 137 funcionários (93 professores e 44 pessoal não docente).Embora tenha sido fundado há 45 anos com o intuito de formar seminaristas, o CEF ministra actualmente os 2.º e 3.º ciclos do chamado ensino regular (acolhendo alunos entre os 5.º e 12.º anos), sendo que no ensino secundário (10.º ano) os alunos podem escolher formação nas áreas das Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas, Línguas e Humanidades e Artes Visuais. Dispõe ainda de três ou quatro cursos de ensino profissional que vão variando conforme a necessidade do tecido empresarial de Fátima, cidade que recebe anualmente quatro milhões de visitantes no seu Santuário. Os cursos profissionais que estão actualmente a ser leccionados (com uma duração de três anos) são os de Animador Sociocultural, Técnico de Gestão de Ambiente, Técnico de Multimédia e Técnico de Secretariado.Sendo uma escola católica, as premissas do CEF, localizado numa zona recatada denominada Planalto do Sol mas muito perto do centro da cidade de Fátima, assentam numa "educação para os valores", propondo-se orientar os alunos para que se realizem pessoalmente, através do pleno desenvolvimento da sua personalidade, da formação do carácter e da cidadania. No CEF não se pagam quaisquer propinas, uma vez que o ensino é protocolado com o Estado, e para além da componente lectiva, os alunos podem ingressar em várias actividades extracurriculares, entre as 15h e as 17h30 tais como Música, Teatro, Futebol, Natação, Clube de Rádio ou Artes Plásticas."O Ministério apenas nos pede que desenvolvamos o currículo normal mas nós vamos muito para além disso sem onerar as famílias. Tivemos que acompanhar o crescimento e desenvolvimento de Fátima e demos um salto exponencial há 17 anos sendo que, ao nível das empresas educativas, o CEF é a maior da região", atesta Manuel Bento, revelando que a logística que está subjacente a este tipo de empresas é grande. "Só com muito esforço as empresas, ditas convencionais, teriam a capacidade organizativa demonstrada pelas escolas em geral e pelo CEF em particular. Estamos a lidar com o melhor que as famílias têm: os seus filhos. Se as escolas não fossem muito organizadas, se não fossem encaradas como verdadeiras empresas a nossa actividade seria um caos porque aqui a haver reclamações não é sobre produtos é sobre pessoas, é sobre a qualidade de um serviço que directamente influência a vida das nossas crianças e jovens", ilustra o responsável.Apesar do CEF ser uma escola, o director faz questão de realçar a dinâmica inerente à mesma, nomeadamente a rede de transportes que esta implementou – e que permite ir buscar e levar a casa todos os dias entre 900 e 1000 alunos – ou o serviço de refeições que diariamente é confeccionado (1100 refeições dia). "Não nos preocupamos com o lucro mas defendemos uma política de rigor que nos permite utilizar os fundos públicos ou privados de modo a que sejam absolutamente rentabilizados na comunidade escolar", refere, acrescentando que os alunos, apesar de serem em grande número, têm um nome e acompanhamento personalizado, recebendo uma atenção inexcedível por parte dos professores, psicólogos ou técnicos de serviço social. "Só conseguimos ter uma instituição a viver em harmonia sem facilitismos. O nosso objectivo é que os alunos sejam pessoas bem formadas", conclui.Quando termina o calendário anual escolar, o CEF continua de portas abertas a servir a comunidade, ajudando ainda os alunos com aulas facultativas na fase de preparação para os exames. Durante o mês de Julho, por exemplo, realizam-se ainda Ateliers de Tempos Livres, sendo as instalações cedidas gratuitamente às instituições que organizam essas actividades, numa clara atitude cívica. Manuel Bento considera que gerir uma instituição com esta dimensão não é um desafio mas antes um prazer. "Não me preocupo se é um desafio ou não. Sei antes que esta é a minha função e tento fazê-la o melhor que sei", sublinha, considerando que o CEF é uma empresa-âncora da região.
Centro de Estudos de Fátima educa para um futuro assente em valores de cidadania

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