uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Autarcas estreiam-se a dar sangue em recolha de O MIRANTE

Autarcas estreiam-se a dar sangue em recolha de O MIRANTE

Trinta e uma pessoas responderam ao apelo de O MIRANTE e deram sangue na manhã de quinta-feira, 13 de Junho, nas instalações do jornal em Santarém, numa iniciativa que contou com a colaboração do Grupo de Dadores de Sangue de Pernes e do Instituto Português do Sangue. Alguns dos dadores fizeram-no pela primeira vez, como a presidente da Câmara de Rio Maior e o presidente da Câmara de Alpiarça, que venceram o medo das agulhas em nome de uma causa solidária. Entre figuras públicas e cidadãos menos conhecidos houve um propósito comum: contribuir para ajudar a salvar vidas.

Foi a doença do pai que levou Ilídio Lopes, 47 anos, director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Santarém (ESGTS), a dar sangue pela primeira vez, já lá vão 4 anos e meio. “Até aí não tinha tomado muita consciência da importância de dar sangue. Hoje assumo esse acto como um dever de cidadania”. Tudo mudou após ter sido diagnosticada uma leucemia ao pai e pelo contacto directo que teve com essa nova realidade. “Nessa altura apercebi-me da importância da dádiva de sangue para esses doentes e passei a ver as coisas de forma diferente”.Desde aí tornou-se dador regular, contribuindo duas a três vezes por ano. Habitualmente dá sangue no Hospital de São José, em Lisboa, mas na quinta-feira, 13 de Junho, foi o primeiro a participar na recolha de sangue que O MIRANTE promove anualmente nas suas instalações em Santarém, em conjunto com o Grupo de Dadores de Sangue de Pernes. “A dádiva de sangue é um dever de cidadania”, diz, exortando as pessoas a contribuírem e enaltecendo iniciativas como aquela em que participou nessa manhã.Medo de agulhas ultrapassado pela vontade de contribuirA manhã de quinta-feira fica na história para a presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, que deu sangue pela primeira vez na sua vida e promete não ficar por aí. Algo nervosa antes de ser entregue aos cuidados do enfermeiro Francisco, a autarca refere que esta é uma questão para a qual é sensível já há muitos anos, pois acompanhou de perto a grave doença que atingiu o seu falecido marido. Na altura quis dar sangue, mas o seu reduzido peso não lhe permitiu. Pesava apenas 35 quilos. Agora, já dentro dos limites de peso exigido aos dadores, Isaura Morais decidiu aderir à causa. Até porque alguma fobia a agulhas não é superior à vontade de poder contribuir, realça. E tudo correu bem.Outro autarca, Mário Pereira, presidente da Câmara de Alpiarça, também conseguiu contornar o medo de agulhas e foi outra das figuras públicas da região que se estreou na iniciativa de O MIRANTE e do Grupo de Dadores de Sangue de Pernes. “Alguma vez teria de ser a primeira e foi a forma de responder ao convite de O MIRANTE. Com certeza que será a primeira de várias outras”. A experiência não aconteceu antes, diz, porque se considera “muito sensível à questão das agulhas”, mas acredita que a “provação” que o esperava nessa manhã seria ultrapassada. Como foi.O autarca de Alpiarça deixou ainda um apelo às pessoas para aderirem às campanhas de recolha de sangue, “em defesa da vida dos nossos concidadãos”, e elogiou o trabalho voluntário e altruísta das associações de dadores, apelando aos alpiarcenses que se associem ao grupo de dadores do concelho “que tem tido uma actividade extremamente meritória”. “Dar sangue é um dever cívico”Outro estreante nessa manhã foi Luíz José, 51 anos, empresário da Golegã que decidiu responder ao apelo de O MIRANTE. “Decidi experimentar. Não foi nada do outro mundo, nunca tinha dado sangue porque nunca tinha calhado, não tenho problemas nenhuns com agulhas e o meu falecido pai até era um acérrimo dador de sangue. Calhou hoje e será para continuar”, diz o dono da Tecnigol, exortando as pessoas que nunca deram sangue a fazerem-no. “Mais vale tarde do que nunca e hoje por eles, amanhã por nós”.Foi também através de O MIRANTE que Carlos Catalão, presidente da Associação de Jovens do Ribatejo, deu sangue pela primeira vez, já lá vão cerca de 10 anos. Hoje já tem o estatuto de veterano nessas andanças. O ex-chefe de gabinete do Governo Civil de Santarém e ex-autarca do PS na Assembleia Municipal de Santarém diz que esta é uma causa nobre a que ninguém deve ficar indiferente. “Esta é uma excelente iniciativa. O ano passado, como tinha partido um pé, não pude vir. Este ano, como as coisas estão normais, não podia deixar de me associar”. Francisco Madeira Lopes, advogado e eleito da Assembleia Municipal de Santarém, é um dador ocasional, a pedido ou quando a agenda lhe permite, como foi o caso dessa manhã, em que passou pelas instalações de O MIRANTE antes de partir para uma audiência no tribunal da cidade. “É importante as pessoas participarem neste tipo de iniciativas, porque o plasma e o sangue são bens fundamentais que por vezes há dificuldade em obter. Dar sangue é um dever cívico e de solidariedade com o próximo”, afirma o também candidato da CDU à Câmara de Santarém. Mas nem só de figuras públicas se fez a campanha. Aliás, a adesão dos chamados cidadãos anónimos tem sido fulcral. Madalena Jacinto, 21 anos, estudante, residente em Santarém, dá sangue pela terceira vez. A sua estreia foi na escola básica de São Domingos, numa campanha para ajudar uma criança vítima de leucemia. O drama alheio fê-la tornar-se dadora. Com a sua presença demonstrou que os jovens também são sensíveis a este tipo de causas e que o espírito solidário não tem idade.
Autarcas estreiam-se a dar sangue em recolha de O MIRANTE

Mais Notícias

    A carregar...