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Câmara de Ourém reclama alterações no funcionamento do Centro Hospitalar do Médio Tejo

Concentração de serviços de Medicina Interna no Hospital de Abrantes posta em causa. Presidente da autarquia defende reencaminhamento dos utentes do concelho para o Hospital de Leiria, que fica mais próximo.

O presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca (PS), defende alterações no funcionamento do Centro Hospitalar do Médio Tejo, referindo que caso se continue a “concentrar a esmagadora maioria das suas valências em Abrantes” vai pedir que os cidadãos do seu concelho passem a ser servidos pelo Hospital de Leiria, “devido à proximidade e à concentração de valências com uma prestação de serviços de saúde de elevada qualidade”. “Se o Centro Hospitalar do Médio Tejo continuar a caminhar para o espartilho de valências hospitalares e na desorganização existente, e que não serve os cidadãos do concelho de Ourém, então, dada a proximidade geográfica do concelho de Ourém com a cidade de Leiria, a 30 km, que se questione a passagem dos cidadãos do concelho de Ourém para o Centro Hospitalar Leiria, Pombal, ao invés da deslocação para Abrantes que se situa a 70 km e com custos adicionais de portagens que chegam a atingir os 100 euros”, justifica Paulo FonsecaO autarca de Ourém enviou um memorando dirigido ao Presidente da República, ao primeiro-ministro, ao ministro da Saúde e a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República onde traça uma radiografia do acesso aos serviços de saúde por parte dos cidadãos do concelho no Centro de Saúde de Ourém e a todas as valências do Centro Hospitalar do Médio Tejo.No documento é feita uma caracterização do concelho de Ourém e analisadas as actuais condições de acesso aos serviços de saúde, que, segundo o autarca, se vêm deteriorando desde Setembro de 2011. A autarquia refere que do ponto de vista demográfico o município de Ourém tem o maior volume populacional e é o segundo com maior dimensão na área de abrangência do CHMT, com uma população de 45.932 indivíduos registados no Censos de 2011. Entre os argumentos explanados refere-se ainda que o concelho tem duas cidades (Ourém e Fátima), sendo caso único em todo o Médio Tejo. No historial que enviou para várias entidades, Paulo Fonseca salienta que aos quase 50.000 habitantes com residência fixa no concelho acrescem as dezenas de milhares de emigrantes que regressam todos os anos de férias e os cerca de 5 milhões que visitam Fátima e que “exigem respostas e estruturas de serviços de saúde com a consequente capacidade de respostas para esta realidade”.Afirmando que não houve resposta à altura para os problemas apontados repetidas vezes durante o último ano e meio, Paulo Fonseca diz que face aos dados apresentados, e à transferência do serviço de Medicina Interna de Tomar para Abrantes, impõe-se “uma avaliação urgente e séria dos serviços de saúde que servem os cidadãos do concelho de Ourém”, defendendo que os utentes do concelho, sobretudo nos casos de urgência e emergência médica, sejam atendidos no Hospital de Leiria em detrimento do de Abrantes, localizado a 70 km.

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