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Embrulhada com iluminações de Natal em Santarém no tempo de Rui Barreiro está em tribunal

Empresário reclama 52 mil euros que Moita Flores também não pagou deixando associação comercial em maus lençóis
O ex-presidente da Câmara de Santarém, Rui Barreiro (PS), não pagou as iluminações de Natal na cidade no seu único mandato à frente da autarquia. O seu sucessor, Moita Flores (PSD), prometeu resolver a situação, mas saiu da câmara sem liquidar a dívida. Uma década depois o caso está nas mãos do tribunal que vai ter de resolver uma embrulhada que mete ao barulho um empresário do concelho, a associação comercial e a câmara. Em causa estão cerca de 52 mil euros que o empresário Isidro Silva exige à Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), que atira as responsabilidades para a câmara. A situação é no mínimo estranha, com a ACES a dizer que a câmara não lhe entregou os subsídios a que se tinha comprometido para pagar o serviço e que Moita Flores tinha reconhecido a dívida e que teria de ser o município a liquidar os montantes. O empresário Isidro Silva que instalou a iluminação disse ao processo que a associação está a arranjar desculpas de mau pagador dirigindo-lhe ainda acusações fortes. Diz o empresário, no processo que está para julgamento, que foi sempre a associação que solicitou o serviço, acusando-a de “mentir descaradamente” pedindo ao tribunal que a condene por litigância de má-fé. E levanta a suspeita de que a associação terá utilizado indevidamente os subsídios e o que angariou junto dos comerciantes para outros fins. A associação contrapõe dizendo que era uma mera intermediária e que a responsabilidade é da Câmara de Santarém. No processo está descrita uma reunião em Setembro de 2010 com Moita Flores, que agora é candidato do PSD à Câmara de Oeiras, o empresário e os responsáveis da associação comercial. Alega a ACES que o ex-presidente da Câmara de Santarém reconheceu nessa reunião que o serviço tinha sido prestado ao município e que ia tratar de resolver a situação. Como nada foi pago, o empresário, que instalou as iluminações interpôs um processo contra a associação comercial, garante não ter recebido qualquer dinheiro.Recorde-se que havia um protocolo em que a câmara transferia o valor das iluminações, a título de subsídio, para a associação comercial, a quem era facturado o serviço. A associação ainda viu serem-lhe penhorados cerca de sete mil euros, exigindo ser reembolsada desse montante. O empresário veio dizer ao processo que os serviços nunca foram prestados ao município mas sim à associação.

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