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Escola de taekwondo quer levar atletas aos jogos olímpicos

Escola de taekwondo quer levar atletas aos jogos olímpicos

António Medeiros quer alargar projecto aos mais idosos

É uma das maiores escolas do país de taekwondo, contando já com perto de 70 praticantes. O Phisic-Do procura afirmar-se cada vez mais no panorama nacional, mas também sonha em levar atletas para competições internacionais. No próximo ano quer colocar ainda mais idosos a praticarem a modalidade.

A classe de taekwondo Phisic-Do, do Ginásio Phisic, em Samora Correia, trabalha diariamente para levar atletas aos jogos olímpicos. A equipa de juniores masculinos sagrou-se campeã nacional de taekwondo em Maio e prepara-se agora para disputar o Campeonato da Europa de Juniores que decorrerá em Setembro. O mestre António Medeiros defende que a modalidade deveria ser mais reconhecida a nível nacional. António Medeiros, que também é professor de educação física na Escola EB 2,3 do Porto Alto, sonha em levar atletas aos próximos jogos olímpicos que vão decorrer no Rio de Janeiro, em 2016. Para quem está no taekwondo desportivo os treinos decorrem cinco vezes por semana e em Agosto vão passar a ser tridiários. António Medeiros está atento ao comportamento e notas escolares dos mais novos e quer desmistificar a ideia que “as artes marciais são para arruaceiros”. “Os alunos de taekwondo são ainda mais educados e cordiais porque desenvolvem um conjunto de princípios e valores associados a esta arte marcial”, explica o mestre que dá aulas da modalidade desde 1990. O Phisic-Do é um projecto pessoal de taekwondo que desenvolveu. Tem atletas desde os quatro até aos 60 anos, distribuídos por várias classes. Para quem não quiser a vertente desportiva, pode optar pela vertente da arte marcial com treinos três vezes por semana. Um dos seus objectivos é apostar ainda mais no grupo dos idosos. “Ensinamos técnicas e actividades adaptadas para todos conseguirem fazer. Trabalha-se também ginástica respiratória, um pouco de ioga e meditação. É um substituto muito bom para as palavras cruzadas e sopa de letras”, aponta. Os mais velhos também acabam por partilhar com os mais novos a sua experiência de vida.Para além das aulas que dá em Samora Correia, António Medeiros também tem um protocolo com a Associação de Jovens de Benavente e deu aulas a alunos da Universidade Sénior. A escola já conta com vinte cinturões negros no activo que costumam reunir para em conjunto decidirem sobre algum problema que surja. “Os alunos aprendem a defender-se, mas o nosso objectivo aqui não é a luta, embora em situações mais delicadas possam usar isso em seu proveito e defesa”, explica. Para quem tiver mais dificuldade, a escola também tem uma bolsa de valores que conta com o apoio de alguns particulares que ajudam os alunos com mais dificuldades a pagar as mensalidades. “Espero que o taekwondo seja mais reconhecido e mais apoiado porque consegue promover uma melhor formação a nível de crianças e jovens adultos”, conclui António Medeiros.Trocou o caminho religioso pelo desportoNatural de Coimbra, António Medeiros, 44 anos, veio viver para Vila Franca de Xira aos cinco anos. Foi jogador de futebol no União Desportiva Vilafranquense, mas uma lesão por volta dos 17 anos impediu-o de continuar. Mudou-se para o taekwondo e nunca mais parou. Esteve quase para entrar para um seminário para ser padre, mas descobriu que a sua missão passava pelo exterior e em particular pelo taekwondo.
Escola de taekwondo quer levar atletas aos jogos olímpicos

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