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Mazelas que acontecem nos dois lados do Atlântico

Aqui no Brasil eu leio semanalmente todo O MIRANTE, para espanto das portuguesas desta casa que não têm coragem ou tempo para desfrutar do prazer dessa leitura. Adoro esse “jornalismo de proximidade”, como o chama o Joaquim António Emídio. A leitura me ajuda a mitigar as saudades da “terrinha”, da qual Gilda e eu estamos afastados há um bom ano por necessidades aqui da família. A próxima viagem a Portugal só poderá ocorrer em Abril do ano vindouro. Tenho sobre a minha mesa a edição de 20 de Junho, já lida e relida. Está aqui perto de meus olhos para que eu escreva um comentário sobre o artigo do Carlos A. Cupeto, professor na Universidade de Évora. Com base na imprensa portuguesa (incluindo, é claro!, O MIRANTE) eu escrevi há tempos uma série de comentários sob o título “Tal pai, tal filho”. O título foi inspirado no escritor português Jorge de Sena, que com essas poucas palavras mostrou defeitos comuns vistos nos seus dias entre Portugal e sua ex-colónia, na verdade fenómeno anterior ao escritor e que prossegue em nossos dias. Pois o professor Cupeto alinha em seu artigo mazelas que acontecem nos dois lados do Atlântico. Começa seu artigo contando que na estação da CP na Parede, enquanto a TV mostrava cerimónias em Elvas, a modesta senhora do café dizia: o melhor seria importarmos políticos. Ela é menos pessimista que brasileiros que dizem: vamos exportar os políticos (sem mostrar vontade de importar um que seja). Arrola o autor uma série de “males crónicos” e eu não encontrei um sequer que não aconteça entre nós. Estou com vontade de recortar da última página uma fotografia da “Marcha do Fado”, nas ruas de Tomar. Marcha combina com fado? Basta, porém, olhar para as pernas das meninas, em movimento que o instantâneo congela, sem conseguir tirar a graciosidade dos passos. Esses recortes que faço prolongam o prazer da leitura. Tenho já recortada uma foto da edição de 13 de Junho, onde aparecem meninos e meninas dançando (o vira?). As meninas fofíssimas, embrulhadas em coloridos trajes (típicos?). Emmanoel Santos

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