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Futuro da Lusofane está nas mãos do Tribunal do Cartaxo

Futuro da Lusofane está nas mãos do Tribunal do Cartaxo

Dois interessados na compra da empresa ofereceram valores abaixo dos 3,5 milhões da base de venda
O futuro da empresa Lusofane, no concelho do Cartaxo, pode ser decidido nas próximas semanas depois de dois interessados terem apresentado propostas para a aquisição da unidade fabril. A venda em hasta pública da fábrica de produção de tubagens tinha um valor base de 3,5 milhões de euros mas todas as propostas apresentadas ficaram abaixo deste montante. Pelo que ou aparece entretanto outro comprador que ofereça aquele preço ou caberá ao Tribunal do Cartaxo com base no relatório do administrador de insolvência decidir se entrega a unidade ao interessado que oferece melhores condições. Os cerca de 40 trabalhadores estão preocupados e expectantes em relação ao desfecho da empresa que está em fase de liquidação, já que esperam que os possíveis compradores que apareçam tenham como intenção a manutenção da fábrica e o retomar da laboração. Neste momento há grupos de trabalhadores que estão diariamente de dia e noite na fábrica para evitar que sejam retirados equipamentos do local.Conforme O MIRANTE já tinha noticiado em Abril, a empresa tem cerca de 14 milhões de euros de dívidas e ordenados dos trabalhadores em atraso. A maior parte das dívidas são à banca e o principal credor é o banco do Estado, a Caixa Geral de Depósitos, e com garantias reais sobre a empresa. Pelo que qualquer decisão passará sempre pela vontade desta instituição bancária.A representante dos trabalhadores na comissão de credores, Maria de Jesus Costa, dizia em Abril que o grande objectivo dos trabalhadores é que a empresa não seja definitivamente desactivada. Considerando que o fecho da Lusofane além de significar a perda de postos de trabalho e aumento do número de desempregados, seria também um rombo na economia da zona já de si fragilizada. Os trabalhadores deixaram de receber ordenado em Setembro. A empresa de tubos de plástico, situada na Estrada Nacional 3 em Vila Chã de Ourique, está há cerca de 65 anos no mercado português. Pertenceu ao grupo CUF, passando depois para a Quimigal. Foi pioneira na produção de tubagens a nível nacional e segundo Maria de Jesus Costa foi sempre cumpridora das suas obrigações fiscais e legais até entrar em dificuldades. O processo de insolvência foi apresentado pela administração da empresa em Dezembro.
Futuro da Lusofane está nas mãos do Tribunal do Cartaxo

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