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Cooperativa Alves Redol sem dinheiro para suportar renda da sua sede

Associação de Vila Franca de Xira pode estar de saída para o edifício do Café Central
A Cooperativa Alves Redol, uma das colectividades mais respeitadas de Vila Franca de Xira, está sem dinheiro para pagar a renda da sua sede e terá de abandonar o espaço até ao final de Agosto. A informação é confirmada pelo presidente, João Machado a O MIRANTE. “Não somos uma colectividade que movimenta muito dinheiro e por isso não estamos a conseguir pagar a renda do espaço onde estamos, sobretudo porque o senhorio nos aumentou imenso a renda”, lamenta. A cooperativa tinha desde há vários anos a sua sede instalada num primeiro andar da rua Almirante Cândido dos Reis. A renda de 100 euros aumentou nos últimos meses para 242 euros e a cooperativa ficou sem outra alternativa senão abandonar o espaço. Os dirigentes estão actualmente a procurar, juntamente com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, um local alternativo onde instalar a sede da colectividade. Uma das hipóteses em cima da mesa será a ocupação do primeiro andar deixado vago pela associação Inestética, por cima do Café Central. A direcção da cooperativa diz que “tudo está em aberto” e não confirma a escolha do café central como local para a sua nova sede. Até ao final deste mês deverá ser anunciado o local escolhido. A cooperativa, fundada em 1970, foi um forte bastião antifascista nos anos que antecederam a revolução dos cravos e foi através da cooperativa que muitos vilafranquenses puderam pela primeira vez ler os livros proibidos que o regime censurou. Estavam escondidos por toda a parte: nos fundos, no canto da dispensa e até na casa-de-banho. Hoje em dia os livros não precisam de estar escondidos e estão em estantes de fácil consulta, incluindo os primeiros exemplares de algumas obras de Alves Redol.

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