O núcleo museológico de Ulme, concelho da Chamusca, situa-se num pequeno espaço do hall de entrada lateral da Igreja de Santa Maria. O espaço, propriedade da igreja, foi alargado e recebeu uma exposição de pedras tumulares, algumas delas anteriores à fundação de Portugal. O presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho, e o Bispo de Santarém, D. Manuel Pelino Domingues presidiram, dia 15 de Agosto, à inauguração. Algumas das pedras tumulares já tinham sido expostas, há cerca de três décadas, quando Jaime Jorge Marques, um natural da freguesia formado em história e museologia, procurou e investigou vestígios do passado da vila. “Encontrei nessa altura muito mais vestígios de épocas históricas bastante importantes. A exposição que promovi então era maior do que a actual, mas posso dizer que estão aqui pedras de um valor inestimável. Estou muito satisfeito com a ideia de promoverem esta exposição, uma prova de que o trabalho que tive há três décadas, não se perdeu por completo”, disse.Sérgio Carrinho chamou a atenção para algumas características de Ulme. “Se andarmos com atenção encontramos a cada passo, em cada rua e em cada esquina, algo que nos ajuda a perceber que a vila teve ao longo dos séculos uma importância muito grande na vida dos povos que a habitaram. Agora com a inauguração deste pequeno núcleo ficamos a perceber mais um pouco dessa importância”, garantiu.O espaço onde está instalado o núcleo museológico sofreu obras de alargamento que custaram cerca de vinte mil euros. O dinheiro foi disponibilizado pela Câmara Municipal da Chamusca (40%) e pela Resitejo (60%). O mecenato da Empresa Intermunicipal de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo, foi destacado pelo presidente da câmara municipal. “Uma empresa que é da Chamusca e da região e que tem ajudado no esforço de valorização dos municípios”, disse.