“Lutar domingo a domingo pela vitória” é o mote dado por João Borrego, treinador, pelo segundo ano consecutivo, do Clube Atlético Povoense. O ano passado conseguiu ficar no nono lugar do campeonato distrital da Primeira Divisão de Honra e este ano vai competir no recém-criado campeonato da Pro Liga que conta com 16 clubes. O plantel está praticamente fechado e tem 25 jogadores. Segundo o vice-presidente, João Onofre, a equipa apesar de imatura tem qualidade suficiente para honrar a camisola do clube. A média de idades é de 22 anos. O grupo de trabalho regressou aos relvados no dia 20 de Agosto e conta com caras novas. Bryan (avançado), Nélson Jair (lateral) e Hugo Rocha (central) vieram do Sanjoanense. Marquinhos (médio) provem do Tojal, Zé Pedro vem do Vila Franca do Rosário, Sérgio Duarte (médio) saiu do Sacavenense e Darlan (guarda-redes) é ex-jogador do Santo António de Lisboa. Os juniores que subiram à equipa principal são Edu (médio), Mitchel (médio) e Dimércio (central). Vando (médio), que estava sem clube também regressa à casa onde foi formado. Até 22 de Setembro, data do início do campeonato, os jogadores vão treinar todos os dias e disputar alguns amigáveis no fim de semana. João Borrego que já orientou o Sanjoanense e os juniores do Odivelas, está confiante nas capacidades da sua equipa e diz que não está mais fraca apesar das saídas de Delgan (avançado) para o Casa Pia e de João Costa (guarda-redes) para o Carregado. “O ano passado também tivemos jogadores que se destacaram como o Fábio Rocha e o Grilo, na defesa, o Ivanilson, o Heldér e o Iuri, no meio-campo, e mantiveram-se no clube apesar de haver interessados”, afirma o treinador, que quer implantar um jogo de posse de bola e recuperação alta. Na primeira palestra que deu ao conjunto povoense com a presença da direcção técnica, o “mister”afirmou que não há titulares indiscutíveis na equipa e que irá premiar quem trabalhar nos treinos. “Posso bem com as derrotas desde que os jogadores cumpram aquilo que pedi” frisa, deixando o aviso que sem respeito mútuo, dedicação, disciplina e sofrimento não alcançarão os objectivos propostos. João Borrego de 43 anos é agente da PSP vai ter como técnico adjunto, Jorge Vicente.João Onofre salientou que o Atlético é essencialmente um clube de formação e que espera uma grande competitividade nesta liga. Mas alertou que a “prata da casa”pode não ser suficiente para pôr o clube em divisões maiores e que será necessário conjugar a experiência de jogadores mais velhos vindos de fora. Para isso é preciso haver uma estabilidade financeira que não existe. Actualmente o clube não remunera os jogadores, tem apenas uma tabela de prémios por jogo e ajuda os futebolistas que moram longe através da comparticipação total do passe social.