Vítor Cordeiro (AC Portalegre / UTSM) foi o grande vencedor dos “III Trilhos dos Templários”, prova organizada no domingo, 1 de Setembro, pela Associação Cultural e Recreativa (ACR) de Santa Cita, Tomar. A prova juntou, num dia de calor abrasador, cerca de 400 atletas vindos de todo o país que percorreram, entre trilhos e caminhos, uma distância de 20 quilómetros. Em paralelo, existia ainda um mini-trail ou uma caminhada de dez quilómetros. Vítor Cordeiro, 49 anos, foi o primeiro a cortar a meta, concluindo os vinte quilómetros de prova em 1h27m27s, ficando isolado desde o minuto 42. Em segundo lugar no pódio ficou Marco Marques, do U. Tomar, e em terceiro Fernando Gomes, do Clube de Atletismo de Ferreira do Zêzere. Na categoria de senhoras, a vitória coube a Cristina Ponte da OFFtel-runners/JV, seguida de Lúcia Falé (individual) e Patrícia Correia (OFFtel-runners/JV). Vítor Cordeiro já tinha participado nesta prova no ano passado, tendo ficado em terceiro lugar. Para a terceira edição treinou com mais afinco e apesar de ter participado na véspera numa prova de seis quilómetros em Espanha, conseguiu a vitória. “Foi uma prova difícil por causa do sol mas tenho corrido por percursos mais difíceis do que este. Era atleta de estrada mas comecei a dedicar-me mais aos trilhos. Já lá vão 33 anos de atletismo”, refere a O MIRANTE.Francisco Confraria, da organização, salienta que o número de participantes tem vindo a crescer a cada ano. “Na primeira edição apontámos para os 150 participantes, na segunda tivemos cerca de 250 e para esta contávamos com 300 mas acabámos por ter 380 atletas vindos de todo o país”, disse, após a entrega dos troféus aos vencedores. O mesmo responsável refere que em termos logísticos não é fácil assegurar refeições para tantos atletas e que, provavelmente, vai ter que se profissionalizar a quarta edição. “Se as inscrições continuarem a crescer, vai ser difícil oferecer inscrições e refeições pelo preço simbólico que estamos a praticar”, adianta, acrescentando que o apoio dos patrocinadores bem como os da junta e câmara municipal são fundamentais para a realização de uma prova com estas características. “As pessoas fogem, cada vez mais, das provas de alcatrão para correrem em mato. São vinte quilómetros de trilhos, com abastecimentos a cada três quilómetros, e com passagens junto ao rio e a terrenos onde se vêem animais como faisões, raposas, coelhos ou lebres. O único senão foi mesmo o calor”, realça Francisco Confraria.