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Ex-militar ferido em combate e com stress de guerra luta há 13 anos por uma pensão

Infelizmente este é um dos muitos milhares de casos. Eu também por lá passei, estive na Guiné e morreram em combate ao pé de mim, dois vizinhos e grandes amigos aqui de Torres Novas. Sinto bem na pele esses traumas e o sofrimento. Acontece que nós, os ex-combatentes, para os nossos governantes estamos dados como abelhas que já não produzem mel, isto porque o mel que eles hoje comem é resultado das guerras das ex-colónias, resultando daí o 25 de Abril. Como este companheiro há muitos milhares mas como para serem reconhecidos como tal, as burocracias são tantas e tão complexas, que a maior parte desiste de lutar por aquilo que lhe é devido por direito, muitos já morreram e o caso nunca foi resolvido. Resumindo, continuamos a ser um estorvo para eles. Sabem perfeitamente que nos devem muito mas preferem ignorar-nos. Estão ansiosos que todos nós morramos porque só assim ficarão em paz. Francisco Lourenço Revolta, é o mínimo que se pode sentir. No final de qualquer guerra os militares são de imediato abandonados e este caso lamentável vem prová-lo. Indecência é um significado pequeno. Cegueira enorme é a desses ditos responsáveis. Se tivessem a coragem de abrir os olhos, a mesma coragem que o Brito teve na Guiné, há muito que o teriam reconhecido como deficiente das Forças Armadas.SerôdioNão me espanta esta situação porque conheço como as Autoridades Militares tratam estes assuntos... termos pena não é a solução pois ele não é um coitadinho. É um combatente que, como tantos, sofre as vicissitudes de uma guerra que afectou muitos outros que também se encontram na mesma situação. Devemos denunciar este sistema abjecto e displicente que trata deste modo os que combateram na guerra colonial e vieram afectados psicologicamente. Que se viram incapacitados de se susterem a si e às suas famílias pois não conseguem paz de espírito para terem uma vida condigna e condições de vida de uma pessoa normal. Um abraço a este e a tantos outros nas mesmas condições.João Pereira da CostaEu também fui militar em Moçambique, nos anos de 1971/1973 e por isso sei perfeitamente que estas sequelas são perfeitamente normais!... O que é sempre de lamentar é o reconhecimento tardio das entidades competentes, e que por vezes não acontece. Deveria haver mais respeito por todos aqueles que deram, por esta Pátria o seu melhor, durante os melhores anos das suas vidas!.... Francisco Sá Pereira

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