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Jorge Cardoso

Jorge Cardoso

Animador Sociocultural, 34 anos, Abrantes

“Em Abrantes falta essencialmente gente, nova ou menos nova, mas com ideias inovadoras e sem receio de investir. Existem diversos estímulos ao empreendedorismo em Abrantes como associações de desenvolvimento local/regional ou o Balcão de Empreendedor ou até programas promovidos pelo Centro de Emprego”* * * “Teria muita dificuldade em ser juiz. Não sei se conseguiria aplicar algumas das actuais leis, feitas por senhores legisladores pouco familiarizados com a realidade das pessoas e do país”* * * “A cultura é, por via da crise económica, um dos sectores mais penalizados ao nível do investimento do Estado. Todos lamentamos o erro. Cabe cada vez mais aos agentes locais, às comunidades, às associações culturais, aos municípios, entre outros, criar e dinamizar projectos de apoio à cultura. “

Qual foi o último evento cultural em que esteve presente?Sem ser por razões profissionais, o último evento em que estive presente foi o Festival Músicas do Mundo em Sines, que de resto já faz parte do meu roteiro anual.Para que destino não iria de férias mesmo que lhe pagassem a viagem?A Síria. Não só por se encontrar em guerra mas sobretudo pela forma como a guerra está a ser travada. Julgo que os direitos humanos mais básicos não estão a ser respeitados muito por culpa da descoordenação da comunidade internacional. Que música é que o deixa particularmente bem-disposto? Neste momento António Zambujo, porque é descontraído, é nosso e sinto que canta com um sorriso nos lábios.Ainda vale a pena tirar um curso universitário em Portugal?Sim, sem dúvida. Muito para além da empregabilidade ou não do curso superior escolhido, julgo que o enriquecimento pessoal justifica certamente o investimento.Como seria a sua vida sem telemóvel e sem computador?Seria definitivamente muito mais calma e descontraída (risos).Qual foi o último livro que leu e qual a melhor mensagem que dele retirou?Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach. A mensagem mais marcante que dele retirei foi: “Vê mais longe a gaivota que voa mais alto”.Imprensa escrita ou online, o que prefere?Assumindo a importância histórica e reconhecendo os rituais ligados à imprensa escrita, confesso que o acesso à informação online é hoje mais fácil, rápido e intuitivo.Lembra-se da última vez que escreveu uma carta à mão? Não tenho presente a ultima carta escrita à mão, mas deverá ter sido de amor, com certeza. Qual a portuguesa mais bela da actualidade? A minha mãe. Porque é de facto bonita e porque é minha mãe…O que faz falta em Abrantes?Falta essencialmente gente, nova ou menos nova, mas com ideias inovadoras e sem receio de investir. Existem diversos estímulos ao empreendedorismo em Abrantes como associações de desenvolvimento local/regional ou o Balcão de Empreendedor ou até programas promovidos pelo Centro de Emprego.Que petisco/doce típico dava ao primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho? Uma broa de Avintes mal cozida. Duvido que nos dias seguintes à ingestão do referido tivesse vontade sequer de articular os maxilares…Quem são os seus heróis da ficção?O Tio Patinhas. Apesar das sucessivas crises financeiras é dos poucos que conheço que consegue manter o que é seu longe dos bancos e governos.Que profissão seria incapaz de exercer mesmo que fosse muito bem paga?Juiz. Não sei se conseguiria aplicar algumas das actuais leis, feitas por senhores legisladores pouco familiarizados com a realidade das pessoas e do país.Se uma desconhecida lhe oferecesse flores como reagia? Naturalmente agradecia sorrindo… ou então pagava-lhe uma mini! (risos)Que diagnóstico é que faz ao estado da cultura no nosso país? É, por via da crise económica, um dos sectores mais penalizados ao nível do investimento do Estado. Todos lamentamos o erro. Cabe cada vez mais aos agentes locais, às comunidades, às associações culturais, aos municípios, entre outros, criar e dinamizar projectos de apoio à cultura.
Jorge Cardoso

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