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Bienal de Coruche com várias esculturas a concurso

Presidente cessante, Dionísio Mendes, deixou sugestão para a compra de algumas esculturas durante a inauguração da Bienal
Algumas das instalações de arte, colocadas no centro histórico de Coruche durante a Bienal “Percursos com Arte”, podem vir a ser adquiridas pela autarquia. A sugestão foi deixada pelo presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), na inauguração da iniciativa na tarde de sábado, 28 de Setembro, no Museu Municipal. “Algumas obras de arte estão de tal maneira ligadas ao local onde estão expostas que podem, no futuro, integrar o mobiliário urbano do concelho”, justificou o autarca a O MIRANTE.A Bienal de Coruche, que comemora dez anos, regressou este ano apostando na modernização do conceito. As dez instalações de arte colocadas nas ruas da vila são uma novidade e estiveram todas a concurso. O vencedor foi André Banha, artista da terra, de Santana do Mato. A decisão foi tomada no dia da inauguração pelo júri do certame. Licenciado em Artes Plásticas, André Banha, 33 anos, é um apaixonado pela arte de criar. Começou pela pintura e agora está mais virado para a escultura e instalações. Tem conseguido viver da arte mas confessa que em Portugal não é fácil. “Viver da arte alimenta o ego mas não alimenta a barriga”, afirma.Depois de concluir os estudos regressou a Santana do Mato e aproveitou um antigo barracão do avô para construir o seu atelier, que ainda não está acabado. Gosta de viver no campo mas sabe que as oportunidades estão nas grandes cidades, por isso vai com frequência a Lisboa. Venceu a Bienal de Coruche com a instalação intitulada “Segurei-te ao pôr-do-sol”. Uma peça que, para o artista, representa o espectáculo de sentir o pôr-do-sol. Alberto Carneiro, Cabrita Reis e Carlos Nogueira são alguns dos artistas portugueses que o inspiram na hora de criar.Paulo Fatela é outro dos artistas amadores que participou na bienal. Além disso, também ajudou a organizar todo o certame. Este ano houve a ideia de envolver a população e os comerciantes, que disponibilizaram espaços devolutos ou por arrendar no centro histórico para se colocarem as obras de arte nas montras. Algumas telas foram colocadas nas fachadas de antigos cafés que já estavam encerrados. Uma outra forma de dar vida ao centro de Coruche e visibilidade aos artistas de Coruche. Conseguiram que participassem 36 artistas amadores do concelho tendo ocupado 28 espaços que estavam inutilizados. Para Paulo Fatela esta é uma iniciativa muito importante para Coruche. “Os grandes espectáculos não têm que acontecer só nas grandes cidades, nem ser só para as elites. Com esta bienal estamos a provar que nos meios rurais também se fazem coisas interessantes e com qualidade”, afirma. A Bienal “Percursos com Arte” pode ser visitada até 13 de Outubro (domingo).

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