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Assaltos e agressões no complexo de piscinas de Vila Franca de Xira

Assaltos e agressões no complexo de piscinas de Vila Franca de Xira

Já foram apresentadas várias queixas na polícia e quem utiliza o espaço confessa que não se sente seguro
São cada vez mais frequentes os assaltos e situações de violência nas piscinas e ginásio do complexo municipal de Vila Franca de Xira e só desde o início do ano já terão sido registados mais de dezena e meia de assaltos, garantem os utilizadores do espaço. Destes apenas quatro deram origem a queixas apresentadas na PSP, três por roubo e uma por agressão. O vereador com o pelouro do desporto, Fernando Paulo Ferreira, considera que se trata de situações pontuais que o município tem acompanhado de perto. “Estamos a falar de um complexo que é visitado por milhares de pessoas todas as semanas. As pessoas reportam as situações e procuramos acautelar”, explica o autarca. E acrescenta que a colocação de um sistema de videovigilância no interior do espaço é uma ideia “simpática” mas que não é possível de implementar na zona dos vestuários, para salvaguardar a intimidade das pessoas. Esta é a zona onde se regista o maior número de ocorrências. Na última semana um praticante de natação deixou todos os seus pertences dentro do carro e só levou consigo a chave da viatura. Enquanto nadava arrombaram-lhe o cacifo e com a chave entraram-lhe no carro e roubaram-lhe a carteira e o telemóvel. A vítima fez queixa na polícia e garante que vai exigir ser ressarcido dos prejuízos. Isto apesar de o regulamento do espaço, no seu artigo 20º, referir que o município não se responsabiliza pelos furtos ou danos que possam ocorrer nos objectos dos utentes deixados nos balneários e vestiários.Há poucos meses outro indivíduo introduziu-se na zona dos balneários e abriu quatro cacifos em pouco mais de meia hora, de onde levou telemóveis e dinheiro que estava nas carteiras. Saiu calmamente sem ser identificado. Além das queixas apresentadas na polícia há também reclamações no livro de reclamações do equipamento. Em Fevereiro, no ginásio, houve uma violenta cena de pancadaria quando um assaltante entrou dentro do espaço quando este se encontrava em pleno funcionamento e foi apanhado por um utente a remexer nas malas dos utilizadores. Acabou agredido por outros homens que estavam ali a praticar desporto e foi expulso do complexo. O MIRANTE tentou visitar e fotografar estes espaços para perceber até que ponto está posta em causa a segurança dos utilizadores mas o município impediu a entrada do jornalista. “Passam-se coisas dentro do complexo que são muito perigosas e só mesmo quem não tem alternativa é que continua a fazer ali desporto”, lamenta Marina Lopes, ex-utente. Marina já presenciou agressões dentro do ginásio. “No último ano fecharam dois ginásios na cidade e as pessoas ficaram sem alternativas. Começou a haver muita procura do ginásio e não há máquinas que cheguem para toda a gente. Já vi pessoas a darem estalos noutras para saírem das máquinas. Desde esse dia deixei de lá ir”, lamenta.Num inquérito de satisfação realizado pelo município o ano passado, 60 por cento dos inquiridos revelaram-se “satisfeitos” ou “muito satisfeitos” com o serviço. No entanto, 4,4 por cento mostraram-se insatisfeitos. A câmara confirma o aumento de utentes no espaço.O complexo municipal foi inaugurado em 2005. É composto por uma piscina com dimensão para acolher provas nacionais e internacionais, um ginásio de manutenção e condição física, um polidesportivo descoberto, dois campos de ténis e um parque de campismo, cujo estado de degradação já foi noticiado pelo nosso jornal noutras ocasiões.
Assaltos e agressões no complexo de piscinas de Vila Franca de Xira

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