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Jovens europeus viveram na aldeia de Chãos durante nove dias

Jovens europeus viveram na aldeia de Chãos durante nove dias

Associação juvenil H2O é a responsável pelo intercâmbio que levou ao concelho de Rio Maior 38 jovens oriundos da Noruega, Geórgia, Itália, Arménia, Bielorússia, Ucrânia, Moldávia, Estónia, Azerbaijão, Polónia, Hungria, Lituânia e Grécia.

Trinta e oito jovens europeus vão viver durante nove dias numa pequena aldeia de Rio Maior, com cerca de uma centena de habitantes, para aprender como combater a desertificação nas zonas rurais dos seus países. “Fofinhas”, com entoação moldava, turca ou grega, é, por estes dias, uma das expressões mais ouvidas na pequena aldeia de Chãos quando Raul Gabriel desce as serras de Aire e Candeeiros acompanhado do rebanho comunitário.O pastor, que conhece pelo nome cada uma das cabras do rebanho, faz agora também de formador, explicando como se ordenham os animais ou como se encaminham de volta ao curral depois do dia a pastar. Esta será apenas uma parcela dos ensinamentos que a professora Ana Nichita pretende transmitir aos alunos quando regressar à Moldávia.“Aprendi novos métodos de ensinar que vou aplicar quando voltar para ao meu país”, assegura a moldava de 27 anos, que leva também na bagagem conhecimentos sobre “como desenvolver zonas rurais” e sobre a cultura dos outros 12 países de origem dos colegas do programa de formação e de Portugal. “Já tivemos uma noite internacional e todos apresentaram os seus países, as suas culturas, algumas danças nacionais, trajes, foi muito interessante”, afirma.Empenhada em aprender como “envolver os jovens dos meios rurais para serem mais activos e mais motivados para iniciativas que contribuam para mudar a sociedade”, a arménia Rebecca Hovhannissyan já passou por quatro países da Europa (Geórgia, Turquia, Polónia e Ucrânia) e rende-se agora à ruralidade portuguesa.“Portugal é muito agradável, diferente dos restantes países europeus e único”, diz, encantada com “a natureza” e esperançada de, depois de Chãos, poder conhecer Lisboa e Arrouquelas, a freguesia com 800 habitantes onde está sediada a H2O, associação juvenil que tornou possível o intercâmbio, que se prolongou até 10 de Outubro.A associação “tem conseguido de alguma forma motivar os jovens a participar na sua comunidade […] e tem criado uma dinâmica bastante grande com jovens que vão chegando e outros que vão ficando”, refere o presidente da H20, Alexandre Jacinto, aludindo a seis voluntárias que vão ficar um ano em Arrouquelas a prestar serviço comunitário.Até ao dia 10, para todos, os dias foram também feitos de formação em sala, mas sobretudo de actividades e passeios pelo campo, onde se apanharam caracóis e se colheram amoras, ou visitas às salinas para retirar o sal dos talhões ou aprender a fazer queijos de sal.Por cá deixarão marcas “importantes para a economia social da comunidade”, não apenas pelos fundos europeus que financiam o projecto e que ficam no café ou na mercearia local, mas, sobretudo, “pelo relacionamento intercultural que estes jovens trazem e que é um enriquecimento”, sublinha Alexandre Jacinto.Os 38 jovens participam numa formação internacional de jovens, ao abrigo do Programa Juventude em Acção, e são oriundos da Noruega, Geórgia, Itália, Arménia, Bielorússia, Ucrânia, Moldávia, Estónia, Azerbaijão, Polónia, Hungria, Lituânia e Grécia.Projecto de voluntariado durante um ano em ArrouquelasJovens de quatro países da Europa já se instalaram na localidade de Arrouquelas, concelho de Rio Maior, para iniciar o seu projecto de voluntariado. Durante um ano, os jovens que vêm de Itália, Noruega, Polónia e Grécia vão interagir com a comunidade. Vão desenvolver o projecto idealizado pela associação juvenil de Arrouquelas, H2O, intitulado “Ser activo, ser criativo”, financiado pela Comissão Europeia através do Serviço Voluntário Europeu” no âmbito do programa “Juventude em Acção”.Para desenvolver este projecto de voluntariado, a H2O conta com a parceria do Centro de Educação Especial “O Ninho”, onde pretendem criar campos de trabalho voluntário em áreas ocupacionais. Além de desenvolverem actividades neste centro, a H2O pretende que os jovens voluntários desenvolvam competências na área do movimento associativo juvenil dando assim a oportunidade de conhecerem o nosso país e a cultura portuguesa.
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