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Tomar perde delegação da entidade de turismo

Tomar perde delegação da entidade de turismo

Edifício da extinta Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, na Rua Serpa Pinto, tinha sido reabilitado com obras no valor de 90 mil euros há apenas um ano e meio. A Entidade de Turismo do Centro, a que Tomar agora pertence, optou por não ter delegação na cidade.

As portas da delegação de Tomar da extinta Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo (T-LVT) encerraram ao público na quinta-feira, 3 de Outubro, desconhecendo-se quando ou até mesmo se vão voltar a abrir. No gradeamento da porta, na Rua Serpa Pinto, em pleno centro histórico da cidade, foi colocado um despacho que determina o encerramento das instalações, indicando que o atendimento telefónico e a prestação de informações turísticas passam a ser dadas pelo Turismo do Centro, a que Tomar agora pertence. O fecho da delegação parece algo inusitado aos tomarenses uma vez que há pouco tempo o edifício sofreu grandes obras de remodelação e conservação (ver caixa).A situação acontece devido à reestruturação do mapa das regiões de turismo. Os concelhos do distrito de Santarém dividem-se agora pelas regiões de turismo do Centro (Médio Tejo) e Alentejo (Lezíria do Tejo). Tomar passa a integrar a Entidade de Turismo do Centro, com sede em Aveiro. De acordo com o apurado, os funcionários desta delegação vão ser colocados em regime de mobilidade especial. Na página oficial do Turismo do Centro surge, na área dos contactos, a Delegação Leiria/Fátima/Tomar, com sede no Jardim Luís de Camões, em Leiria, dando a entender que as questões do turismo em Tomar serão ali concentradas. O presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, fora do país na última semana, confirmou a O MIRANTE através dos Serviços de Imprensa e Comunicação que esta entidade possui sete delegações onde se inclui a Delegação de Leiria/Fátima/Tomar, a que corresponde o território das NUT III Pinhal Litoral e Médio Tejo.“O encerramento da delegação é resultante de um despacho da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa datado de 1 de Outubro”, explica. O responsável esclarece ainda que o edifício da delegação de Turismo dos Templários em Tomar é pertença da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ex-Turismo de Lisboa e Vale do Tejo) e que os quatro funcionários pertencem ao quadro de pessoal dessa mesma entidade. Anabela Freitas (PS), presidente eleita da Câmara Municipal de Tomar, considera que o processo de encerramento da delegação foi feito de uma forma abrupta, referindo que “é uma pena um edifício que, ainda por cima, sofreu obras há pouco tempo ficar encerrado”. A presidente eleita está à espera de reunir com o ainda presidente da autarquia, Carlos Carrão (PSD), para ficar a par deste e de outros dossiês. Outra questão que poderá dificultar a posição da autarquia tem a ver com o facto do edifício ser propriedade da extinta Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, retirando-lhe qualquer autonomia sobre o destino a dar ao mesmo. De facto, os terrenos onde está o edifício em causa foram adquiridos pelo Banco de Portugal na década de 50, que viria a demolir as edificações existentes à época, projectando o actual edifício. Foi ali que funcionou a agência do Banco de Portugal até ao final dos anos 70. O edifício foi, entretanto, adquirido pela Região de Turismo dos Templários (Floresta Central e Albufeiras) aquando da presidência de Duarte Nuno de Vasconcelos, em 1988. Em 2008, com a reestruturação das regiões de turismo passou a ser propriedade do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo. Cinco anos depois fecha agora portas, passando os turistas a contar apenas com o Posto de Turismo Municipal, localizado junto à Mata Nacional dos Sete Montes. Noventa mil euros de investimento de portas trancadasO edifício da delegação de Tomar/Médio Tejo “Templários” da extinta Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo sofreu avultadas obras de conservação e beneficiação, consignadas em Março de 2012. Uma nota enviada por este organismo à comunicação social, na ocasião, referia que estas obras, no valor de 90 mil euros, justificavam-se “quer pelo acto de conservação do edifício, quer pela requalificação do atendimento ao visitante, quer ainda pelo crescente volume de projectos de intervenção de promoção da região e do seu Património, material e imaterial”, pretendendo devolver a este edifício “a dignidade que sempre teve, agora também compaginável com o trabalho de reforço da visibilidade de Tomar, nacional e internacionalmente”. O contrato da empreitada foi assinado pelo então vice-presidente executivo da T-LVT, Manuel Faria, que na sequência de novas eleições viria a deixar essa entidade. As obras contemplaram a reparação do telhado, o arranjo das fachadas, pinturas do edifício, tratamento dos pavimentos, requalificação das instalações sanitárias e variadíssimas reparações técnicas e melhoramentos pontuais. Foi ainda instalado um sistema anti-pombos, um sistema de alarme e feita uma aposta na iluminação exterior do edifício. Em Setembro de 2012, a T-LVT instalou fibra óptica, permitindo aos utilizadores do seu NetPoint uma navegação rápida.
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