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Dionísio Mendes diz que vêm aí dificuldades para os municípios e pede a regionalização

Dionísio Mendes diz que vêm aí dificuldades para os municípios e pede a regionalização

Novo presidente, Francisco Oliveira, promete combater dificuldades com determinação e apostar na economia local
O presidente da Assembleia Municipal de Coruche, o socialista José João Coelho, reeleito para mais um mandato, classificou a tomada de posse dos eleitos municipais como um dia de emoções. O autarca referia-se à passagem de testemunho do ex-presidente da câmara, Dionísio Mendes (PS), para o seu ex-vice-presidente e agora presidente eleito Francisco Oliveira (PS). Nas intervenções da tomada de posse o autarca socialista que liderou o município foi aplaudido de pé até pelos eleitos do PSD. Mais que falar do trabalho feito, o presidente cessante falou do futuro e dos problemas que se avizinham.Dionísio Mendes alertou que os próximos tempos vão ser muito difíceis para as autarquias. Falando na cerimónia de tomada de posse dos eleitos para o novo mandato, na sexta-feira ao final da tarde, defendeu que as autarquias só terão força se for implementada a regionalização no país. “As autarquias concretizar-se-ão na forma mais profunda do que é a democracia em Portugal quando a regionalização for assumida pelos poderes políticos como desígnio nacional. Como algo que pode permitir o desenvolvimento equilibrado, homogéneo deste país. Até lá, tudo são formas de ir evitando o fundamental que é dar o poder às populações, às regiões”.O ex-autarca acrescenta que enquanto não houver o poder intermédio através das regiões, os autarcas “continuarão a ser a esperança das populações” mas também, ressalvou, “os bodes expiatórios daqueles que vêem nos políticos e também nos autarcas os males de tudo”. Isto porque, realçou, as autarquias estão sem dinheiro e com cada vez menos receitas.Dionísio Mendes, autarca durante duas décadas, criticou a lei de limitação dos mandatos, considerando-a um desrespeito pela democracia, como um dos ataques às autarquias. Lamentou a forma como foi feita a reorganização administrativa das freguesias e sublinhou que está em preparação uma lei das finanças locais que vai ser “extremamente gravosa para os interesses dos municípios” e que “vai trazer graves dificuldades de gestão autárquica”.O novo presidente, Francisco Oliveira, agradeceu o trabalho que o seu antecessor fez por Coruche, criando uma imagem e marca própria do concelho. Oliveira disse mesmo que “prestava homenagem a um homem que teve a coragem, a ousadia e a visão”, referindo-se ao ex-presidente como um homem com “firmeza de carácter”.Francisco Oliveira disse estar consciente que “todos os dias crescem as dificuldades para as famílias, para as empresas, para os municípios”. Mas prometeu combater as dificuldades com dedicação e a coragem de enfrentar essas dificuldades. O novo presidente, num discurso agregador, pediu a colaboração e o empenho de todos. Depois apelou à união dizendo que agora é tempo de enterrar as bandeiras partidárias e olhar para outras bandeiras que são “a bandeira do concelho de Coruche e a bandeira dos coruchenses”. Francisco Oliveira elegeu o desenvolvimento empresarial como um dos objectivos para o futuro de Coruche, dizendo que se tem de “traçar o caminho da atractividade empresarial para que possamos gerar emprego e melhorar a economia local”.
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