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Idosa em cadeira de rodas retida em habitação social de Vila Franca de Xira

Idosa em cadeira de rodas retida em habitação social de Vila Franca de Xira

Elevador está avariado há mais de um mês e Florinda Amador não tem ido às consultas médicas
Florinda Amador vive num primeiro andar de uma habitação social de Vila Franca de Xira e há mais de um mês que está impedida de sair de casa. Tudo porque a moradora de 91 anos está numa cadeira de rodas e o elevador do prédio está avariado. Não se sabe quando é que a avaria estará reparada. O que lhe tem valido é a neta, Sónia Jesus, que lhe tem trazido comida, medicamentos e feito companhia. A situação tem impedido que a idosa se desloque também a consultas médicas uma vez que não há quem a consiga transportar pelas escadas sem o apoio de uma maca. “Já ligámos para a empresa responsável do elevador que só nos diz que se partiu uma peça e que já enviaram orçamento de reparação mas que ainda não foi analisado”, lamenta Sónia Jesus a O MIRANTE. Outros moradores do prédio, situado na Rua António Sérgio, garantem que já fizeram vários contactos com o município no sentido de agilizar o processo. Quem vive no edifício paga uma renda mensal de cariz social à cooperativa de habitação Promocasa, que varia consoante os rendimentos do agregado familiar. Além da situação de Florinda existem outros moradores que sentem dificuldades. Telma Nunes tem uma criança pequena e é obrigada a pedir ajuda aos vizinhos sempre que precisa de sair com o carrinho de bebé. “Levo o meu filho ao colo e a outra pessoa leva o carrinho. O elevador faz muita falta”, confessa. Além dela outros moradores, mais idosos e com mobilidade reduzida, confessam não conseguir descer as escadas dos quatro andares do edifício e têm-se socorrido dos vizinhos e dos familiares para lhes trazerem as compras e os medicamentos.O prédio é hoje o lar de muitos dos antigos moradores do bairro clandestino da Pedra Furada, que continuam a queixar-se do mau estado das habitações e da falta de manutenção dos espaços exteriores. Há cerca de dois anos o município admitiu publicamente que o edifício tem problemas que precisam de ser resolvidos, sobretudo ao nível das infiltrações e da pintura interior dos apartamentos e prometeu pressionar a cooperativa para os resolver. Os prédios têm 27 apartamentos, 14 deles de tipologia T1 (uma assoalhada), 11 são T2 e dois T3. A construção do edifício foi iniciada em Agosto de 2005 e concluída em 2007, data em que as barracas foram demolidas e os moradores realojados. O investimento rondou os 1,2 milhões de euros e inseriu-se no Programa Especial de Realojamento (PER) previsto para o concelho de Vila Franca de Xira.
Idosa em cadeira de rodas retida em habitação social de Vila Franca de Xira

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