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Moradores de Alhandra não querem ilha ecológica à porta de casa

Moradores de Alhandra não querem ilha ecológica à porta de casa

Serviços Municipalizados dizem que o local era o único propício a colocar os contentores no subsolo
Apesar da comodidade de terem os contentores de resíduos perto e não precisarem de se deslocarem, os moradores de um prédio na avenida Sousa Martins, em Alhandra, não querem a ilha ecológica à porta de casa. Considerando que esta está demasiado perto da entrada, a cerca de metro e meio. Queixam-se que têm pouco espaço para entrarem em casa e dos maus cheiros frequentes que emanam dos contentores. Criticam também o facto de não terem sido consultados no processo de instalação daquele equipamento. Os residentes dizem não compreender por que motivo os ecopontos não foram colocados noutros locais da avenida, mais espaçosos e onde, por exemplo, existem edifícios desabitados há décadas. As queixas já seguiram para a junta de freguesia e para a Câmara de Vila Franca de Xira. Francisco Vale Antunes, presidente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), admite que a situação é invulgar. “Há nove edifícios fechados nesta rua mas infelizmente aquele era o único espaço em que o subsolo tinha área suficiente para acolher os ecopontos”, explica. Recorde-se que as ilhas ecológicas são contentores enterrados. Vale Antunes nota que, “mesmo fazendo a obra noutro local” iria sempre criar situações “delicadas”, porque mais cedo ou mais tarde “os edifícios seriam requalificados e teríamos o mesmo problema”. A instalação de uma ilha ecológica na avenida era uma reclamação antiga dos moradores. Como a avenida se encontrava a ser requalificada o município aproveitou e instalou os ecopontos. Ana Evangelista, 61 anos, moradora no local, diz ter ficado “perplexa” com a colocação da ilha ecológica. “Além do cheiro as pessoas deixam os sacos do lixo no chão, fora dos ecopontos, e depois os cães e gatos rasgam os sacos e espalham o lixo todo. Isto fica imundo. É como ter uma lixeira à porta”, lamenta. Outro morador, Nilton Silva, de 41 anos, relata que a situação gerou queixas de outros moradores da rua, que se solidarizaram com os queixosos. “Isto não tem jeito nenhum nem nós nos sentimos bem a ter de ir meter o lixo praticamente à porta das pessoas. Se fosse comigo também não gostava”, nota Elisete Rodrigues. “Deviam ter informado e perguntado se os moradores não se importavam de ter o equipamento neste local”, sublinha Júlio Mendes, outro morador da rua.
Moradores de Alhandra não querem ilha ecológica à porta de casa

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