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Vando Sanó, 24 anos

Caras do Desporto

Futebolista, U. Recreio

Natural da Guiné Bissau, Vando Sanó tem 24 anos, vive no Carregado e joga pela União Recreio e Desporto de Vila Nova da Rainha. Jogou nas camadas jovens do Carregado e oito anos pelo FC Alverca. Já como júnior teve experiências na Naval 1.º de Maio e Beira Mar. Como sénior, vestiu as camisolas de Atlético Povoense, Carregado e URD de Vila Nova da Rainha, o seu emblema desde há dois anos. É operador de armazém e tem uma pequena loja de gestão de arrendamentos, trabalhos e remodelações no mercado imobiliário, mas do futuro no futebol nunca se sabe.O que é que de mais insólito viveu num campo de futebol?Olhe, já me atiraram uma banana no campo do Nacional da Madeira, quando jogava pelos juniores do Alverca na I Divisão. Um espectador andou a chatear-me tanto durante o jogo porque não estava a gostar de como eu me estava a exibir, que me atirou a banana para me chamar de macaco. Eu também olhava e ria para ele.Os campeonatos distritais ainda são para homens de barba rija?Acho que sim e cada vez mais! Os distritais são mais difíceis que os nacionais, há mais dureza e até maldade. Nos nacionais o jogador tem mais consciência do que é a competição saudável e os árbitros actuam sobre determinado nível de agressividade. Na distrital às vezes deixam abandalhar. Os avançados, como eu, sofrem um bocado mais.No fim dos jogos há sandes e minis como manda a tradição?No Vila Nova é sempre à grande. Como diz o nosso mister, temos direito a tudo. Nos distritais e no Vila Nova em particular, há grandes homens e é como se fizéssemos trabalho comunitário: estamos lá todos porque gostamos e sem receber.De que clube é que gostaria de receber um convite irresistível?Eu sou portista ferrenho, por isso teria de vir do FC Porto. Mas no futebol não se pode ser esquisito, acima de tudo tem de ser profissional e podia ser qualquer clube da I Liga.O que ainda espera fazer no futebol?Eu encaro o futebol como um hobby. Jogo futebol porque gosto, até porque o futebol já não dá dinheiro a ninguém. Já tive a ilusão de fazer carreira como jogador e perdi essa oportunidade por não ter tido cabeça. Hoje penso mais em sustentar a minha família, mulher e filha de sete anos, além de outro que vem a caminho. Mas se aparecer a oportunidade, nunca se sabe.

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