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Compras da Câmara de Almeirim centralizadas no vereador Paulo Caetano

Autarca vai controlar todas as aquisições de materiais e serviços para garantir cumprimento da lei
O vereador da Câmara de Almeirim, Paulo Caetano (PS), um estreante na vida política municipal, é quem vai controlar todas as compras da autarquia através do pelouro do Aprovisionamento criado pelo novo presidente Pedro Ribeiro (PS). No âmbito destas funções foi formado um gabinete de apoio no qual vai trabalhar a anterior chefe da contabilidade do município, Maria Almeida, que tinha sido afastada pelo anterior presidente, Sousa Gomes, na sequência de uma polémica levantada pelo próprio relacionada com facturas por registar. A funcionária tinha sido transferida para os serviços do Agrupamento de Escolas de Fazendas de Almeirim e agora regressa ao edifício da câmara. Pedro Ribeiro, em declarações a O MIRANTE, refere que este novo pelouro funciona como uma espécie de central de compras, em que todas as aquisições têm que ser feitas no estrito cumprimento da lei. Ou seja, tem que haver requisição, autorização de despesa e dotação orçamental. Uma forma de evitar que cheguem à contabilidade facturas de despesas que cumpriram estes passos como acontecia no mandato passado. Um dos exemplos, referido numa auditoria às contas do município, é a contratação de transportes à Rodoviária do Tejo pelo ex-vereador José Carlos Silva sem qualquer contrato e sem cabimentação orçamental. Pelo que 48 mil euros de despesas de transportes urbanos foram considerados irregulares.O presidente justifica que a centralização desta área no vereador tem como objectivo o cumprimento rigoroso da legislação. Pedro Ribeiro vai manter no cargo o actual chefe de contabilidade, João Rui Evangelista, nomeado por Sousa Gomes. Recorde-se que a remodelação do sector da contabilidade ocorreu a seis meses de terminar o mandato e que o ex-presidente tinha colocado na “prateleira” o funcionário do município, com o qual teve divergências. Por causa de desentendimentos internos entre este e o presidente, o funcionário chegou a meter um processo em tribunal contra a autarquia.Lembre-se que antes da remodelação do serviço, Sousa Gomes que era o responsável político pela contabilidade, tinha afirmado que houve um boicote na candidatura do município ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) por existirem facturas que não estavam registadas na contabilidade. E dava a entender que o seu vice-presidente e então candidato do PS, Pedro Ribeiro, com quem entrou em divergências, estava envolvido no caso. Situação que Pedro Ribeiro sempre disse desconhecer qualquer assunto relacionado com esse facto e realçando que o então presidente do município era o responsável directo desde 1990 pela área das finanças municipais.

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