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Presidente da assembleia municipal nomeado chefe de gabinete do presidente da Câmara da Chamusca

Paulo Queimado vai governar sem maioria absoluta e ainda não distribuiu pelouros
O presidente da Assembleia Municipal da Chamusca, Francisco Velez (PS), foi nomeado para chefe de gabinete do presidente da câmara, Paulo Queimado (PS), acumulando assim as duas funções. A nomeação foi feita por despacho do presidente da câmara apresentado na primeira reunião do executivo realizada no dia 23 de Outubro. Na prática, o presidente da assembleia municipal (órgão fiscalizador da actividade do executivo camarário) vai trabalhar como subordinado do presidente da câmara, situação insólita e que levanta dúvidas em termos éticos e funcionais. A nomeação de Francisco Velez não foi contestada por qualquer elemento das outras forças políticas com assento no executivo. Mas em curtos comentários a O MIRANTE, Aurelina Rufino (PSD) e Francisco Matias (CDU) garantiram que a nomeação não é ilegal e que o nomeado pode acumular as duas funções. Consideraram no entanto que “eticamente” não é uma situação muito correcta.“A assembleia é um órgão fiscalizador do executivo. Como é que uma pessoa vai fiscalizar uma decisão ou um projecto que ajudou a tomar?”, questiona Aurelina Rufino. Já Francisco Matias diz que “o problema de incompatibilidade só se poderá colocar se lhe forem delegadas algumas competências em assuntos que vierem a ser discutidos na assembleia. Até lá a CDU não se vai pronunciar sobre o assunto”. Paulo Queimado nomeou ainda como vice-presidente da câmara a vereadora Cláudia Moreira (PS), que fica também a tempo inteiro ao serviço da autarquia e executará todas as funções da competência do presidente e outras que lhe vierem a ser delegadas.Os números quatro e cinco da lista que o PS apresentou a sufrágio nas eleições do dia 29 de Setembro, e que não foram eleitos, também foram colocados em cargos remunerados na autarquia. Rui Ferreira fica como adjunto do chefe de gabinete e Sílvia Lopes fica com as funções de secretária no gabinete de apoio à vereação. No que diz respeito à governação do município, o PS vai governar sem maioria absoluta. Paulo Queimado não pediu a colaboração ou o acordo de nenhuma das outras forças políticas - a CDU tem dois vereadores e o PSD uma vereadora. Também não explicou se vai ou não atribuir pelouros a alguns deles, situação que nenhum dos eleitos da oposição quis comentar de imediato.

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