Maria do Carmo Martins é uma comerciante presente desde a primeira iniciativa da Feira de Usados, Velharias e Artesanato e está satisfeita com a mudança de local. “Ficávamos na parte superior do Parque Urbano da Flamenga onde não passava ninguém. Aqui sempre temos mais gente”, explica. A feira foi deslocalizada para a Rua Amália Rodrigues na urbanização da Flamenga, em Vialonga. “Falamos com a organização e com a junta e eles cederam-nos o espaço”, afirma a feirante que entre loiças de Sacavém e carteiras modeladas pela própria, também vende abóboras da sua quinta. “É uma forma de ganhar mais um pouco agora que o meu marido ficou desempregado”, diz. A Feira que decorreu no domingo, 27 de Outubro, juntou cerca de 14 vendedores. António Marques ficou sem emprego há uns meses e dedica-se à comercialização de moedas antigas, CD´s, discos em vinil e postais. “Só comecei este ano no Colete Encarnado em Vila Franca de Xira e ainda não tive grande lucro”, diz o habitante de Alverca que é um coleccionador nato e só vende os artigos que tem repetidos. Participou pela segunda vez na feira em Vialonga e gosta do local apesar de notar que as pessoas já não têm um poder de compra como antigamente. Maria Gilda Almeida também se queixa do facto das pessoas não darem valor ao trabalho desenvolvido pelos artesãos. Não calcula as horas gastas nos porta-óculos e nas carteiras de cortiça que a própria corta e coze. “Isto é apenas um hobby, para já não dá para substituir uma profissão”, refere. A feira vai continuar a realizar-se nos últimos domingos de cada mês. Qualquer pessoa pode vender os seus produtos dirigindo-se à junta de freguesia.