uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Quase 40 anos depois os Bombeiros de Azambuja estão em vias de ter o quartel em seu nome

Quase 40 anos depois os Bombeiros de Azambuja estão em vias de ter o quartel em seu nome

Instalações estão num espaço de seis parcelas ocupadas após a revolução do 25 de Abril e só falta registar uma

No período quente do 25 de Abril os bombeiros ocuparam terrenos particulares para construírem um quartel, que só foi feito em 1982. Desde então foram registados cinco das seis parcelas onde estão instalados.

Ao fim de duas décadas os Bombeiros Voluntários de Azambuja ainda não têm a posse do quartel que foi construído em parcelas de terreno de privados. Desde 1974 que a associação humanitária anda emaranhada num processo com vista a registar os terrenos em seu nome. Já só falta fazer a escritura da última parcela para que a situação fique de uma vez por todas legalizada. Na última assembleia-geral os sócios decidiram autorizar a direcção a desenvolver o processo de registo do espaço que passará pela publicação de um edital a dar conta da situação e se ao fim de 30 dias não aparecer ninguém a reclamar a posse do terreno resolve-se o imbróglio. O caso remonta ao período do pós 25 de Abril de 1974. Os bombeiros locais, que tinham um quartel pequeno e sem condições junto à câmara municipal, ocuparam os terrenos particulares onde funciona o actual quartel e que tinham apenas alguns barracões. Pedro Cardoso, actual comandante operacional municipal, foi um dos bombeiros que estreou as novas instalações. “Apesar da ocupação, só em 1982 é que o quartel começou a ser construído, depois de muitas campanhas de angariação de receitas”, lembra o operacional que recorda também que no antigo quartel os ratos passeavam pelas camaratas.A anterior direcção dos bombeiros conseguiu registar em seu nome cinco das seis parcelas ocupadas pelos bombeiros. André Salema, actual presidente da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Azambuja, espera que se consiga fazer o registo desta última parcela através de usucapião. Ao longo dos anos esta situação tem causado prejuízos à corporação. “Por exemplo, não podemos pedir isenção do pagamento do IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis, por não sermos proprietários da totalidade dos terrenos”, explica o dirigente que aponta também a impossibilidade de obterem fundos comunitários para obras.Renegociar protocolos com a câmara é prioridadeOs bombeiros de Azambuja querem renegociar os protocolos com a Câmara de Azambuja, que estão em vigor deste 2001 e através dos quais recebem anualmente cerca de 90 mil euros. Dinheiro que serve para custear o grupo de intervenção composto por sete elementos. A direcção da corporação considera que o protocolo tem de ser actualizado em função do alargamento da actuação dos bombeiros. “Pensamos que devemos aumentar essa equipa para um mínimo de dez elementos e assim actualizar também as verbas actualmente disponibilizadas. Estamos a falar apenas durante o período diurno, no qual temos mais dificuldade em dispor de bombeiros disponíveis”, explica André Salema.Nova viatura e mais equipamentos Os Bombeiros de Azambuja devem receber em breve um novo autotanque que foi adquirido através de uma candidatura a fundos comunitários. Para um custo global de 145 mil euros, a associação apenas teve de suportar cerca de 22 mil euros. Os bombeiros vão ainda ser dotados de novos equipamentos de protecção individual e materiais no valor de 50 mil euros, pagando a corporação apenas nove mil euros. Remodelar e adaptar as instalações do quartel é um dos objectivos da direcção para os próximos tempos. Entre os trabalhos previstos está a remodelação de balneários, vestiários, canalizações e reparação da cobertura que apresenta problemas.
Quase 40 anos depois os Bombeiros de Azambuja estão em vias de ter o quartel em seu nome

Mais Notícias

    A carregar...