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Inês Sousa campeã de patinagem artística num torneio disputado em França

Clube Vilafranquense conquistou também a competição internacional por equipas

Inês Sousa tem 13 anos e já é mais uma das promessas na patinagem artística do União Desportiva Vilafranquense. No início do mês conquistou o primeiro lugar no escalão de iniciados no 21º Open Internacional de Dança que se realizou na localidade de Hettange-Grande, em França, e consagrou o clube como um dos melhores de Portugal.

Para Inês a patinagem artística é o que mais lhe dá prazer. Ainda jovem, quando lhe questionamos se já teve que deixar de estar com os amigos para vir treinar, Inês responde que essa era a sua vida. Tem a maior parte das aulas de manhã e aproveita para treinar quase todos os dias das 15h às 18h e das 21h30 às 23h. “Quando há treinos nos fins-de-semana também venho” afirma a patinadora que mora em Alverca. A atleta apaixonou-se pelos patins bastante nova e desde daí nunca mais os descalçou. Quer seguir uma carreira profissional mas não abdica dos estudos. O objectivo imediato é manter o mesmo nível agora que vai subir de escalão. Os treinos são exigentes e não estão divididos por faixa etária mas sim por especialidades como as figuras obrigatórias, a patinagem livre, Solo Dance e pares. Para ser um bom patinador é necessário conjugar técnica, estética, força e flexibilidade assim como uma condição física e psicológica forte.Nem só Inês conseguiu um bom resultado. Depois de ainda este ano se ter tornado segundo na categoria de Solo Dance por equipas, o Vilafranquense levou sete atletas a França e o pior resultado que conseguiu foi um décimo lugar com mais de vinte patinadores por cada escalão. Na sua primeira prova, Catarina Gonçalves de 9 anos conseguiu um terceiro lugar no escalão infantil, Carolina Castro alcançou a sexta posição nos inicados, Laura Van Hout e Marta Ribeiro conquistaram o quarto e o décimo lugar respectivamente nos juvenis. No escalão de júnior, Inês Van Hout atingiu o quarto lugar e Natacha Pita ficou em oitavo. Em competição estavam atletas de vários países que concorriam enquanto selecção. Foram os pais que assumiram os custos de viagem, da alimentação e do alojamento da competição que se desenrolou nos dias 3,4 e 5 de Outubro cujo custo rondou os 500 euros. “Os pais têm que gostar da patinagem tal como os filhos porque é um desporto caro. Só os patins podem atingir os mil euros” explica a treinadora que apesar das boas classificações admite que os portugueses são pouco respeitados no exterior.Cristina Marques elucida que o foco da União Vilafranquense é a formação de jovens e a aposta na construção de uma verdadeira escola. Inês Gigante, terceira classificada no Campeonato Europeu, é o exemplo máximo do tipo de aprendizagem que se faz em Vila Franca. “O segredo do sucesso é o trabalho que se desenvolve no grupo e não o trabalho individual. Aqui não privilegiamos os resultados de um ou dois atletas mas tentamos que a escola chegue o mais longe possível”, refere. Actualmente o clube tem mais de 40 atletas inscritos na patinagem artística. A idade ideal para começar a praticar é aos cinco anos mas já existem crianças com três que se recriam com os patins no Vilafranquense.

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