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Presidente da Câmara do Entroncamento manda 22 trabalhadores para o desemprego

O senhor presidente da câmara pode fazer mais pelos trabalhadores em vez de os mandar para a rua sem mais nem menos. E não precisa de pareceres jurídicos (este parecer atrás do qual se escuda é apenas uma desculpa para ele se livrar de despesas. Pelo que percebo a ilegalidade que o senhor Faria refere consiste no facto de os trabalhadores a recibo verde serem contratados para executar determinadas tarefas, não estando sujeitos a horários nem a enquadramento nos diversos serviços da autarquia, ao contrário do que está a acontecer. Se assim é, bastaria pôr os trabalhadores em causa a trabalharem de acordo com as regras legais para que pudessem cumprir os seus contratos até ao fim. Claro que é mais fácil mandá-los embora. Mesmo que o assunto vá para os tribunais como penso que acontecerá, a câmara, negociando as indemnizações a que os trabalhadores têm direito, vai gastar menos dinheiro do que se os tivesse ao seu serviço. O senhor presidente Jorge Faria usou a folha de cálculo e decidiu. Fez um brilharete em termos de gestão mas borrou a pintura em termos políticos e deixou cair a máscara. A sua campanha eleitoral, centrada numa cidade para as pessoas, está a ir pelo cano abaixo. Ainda por cima é cada tiro, cada melro. Primeiro impediu que os munícipes usassem da palavra numa das duas reuniões mensais do executivo (e não havia sequer necessidade porque a experiência mostra que há uma ou duas intervenções por ano nas reuniões públicas) e agora manda trabalhadores para o desemprego não os deixando terminar os contratos com base numa opinião de um advogado. Uma lástima!José Carlos Souto de Castro Que insensibilidade e falta de humanismo. Mais vinte e duas pessoas sem trabalho e nem sequer com direito a subsídio de desemprego. Não acredito que não houvesse solução para manter estas pessoas a trabalhar, pelo menos até ao fim dos contratos. Gerir uma câmara é gerir pessoas e ter as pessoas em conta e não apenas fazer contas para ver o que sai mais barato para depois vir dizer que reduziu a dívida ou a despesa ou seja lá o que for. Tinha esperança que o novo presidente da Câmara do Entroncamento, ainda por cima eleito pelo Partido Socialista, tivesse outras capacidades. E o Partido Socialista que tanto critica o actual governo acusando-o de insensibilidade social, deveria olhar-se ao espelho. Se na Câmara do Entroncamento faz isto a vinte e dois trabalhadores, o que fará quando, inevitavelmente, chegar a ser governo. Maria Regina Velez

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