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Esqueleto de betão à entrada de Santarém começou a ser demolido

Esqueleto de betão à entrada de Santarém começou a ser demolido

Mancha na paisagem vai finalmente desaparecer após vinte anos de impasse
Após anos de indefinição sobre o futuro do enorme esqueleto de betão armado situado na entrada sul de Santarém, a estrutura começou a ser demolida, erradicando-se assim aquela mancha da paisagem. Os trabalhos começaram na passada semana e estão a ser executados por uma empresa de demolições, reciclagem e construção com sede em Odivelas.A estrutura, inicialmente projectada para hotel e que já teve diversos donos, é agora propriedade do Grupo Elevo. Com a operação de demolição chega ao fim um longo processo com mais de 20 anos ao longo do qual chegou a alvitrar-se por diversas vezes a continuação da obra sem que houvesse quaisquer desenvolvimentos para lá da colocação de umas telas em redor da estrutura que entretanto o vento levou.Para já nada se sabe sobre o futuro do terreno onde foi implantada a construção, mas parece certo que no local, próximo da Linha do Norte e do rio Tejo, não surgirão mais edificações com aquela dimensão. Os resíduos da demolição deverão ser na sua maioria encaminhados para reciclagem, nomeadamente o ferro e o betão, segundo disse fonte do município.O hotel começou a ser construído em 1991 (era o socialista Ladislau Botas presidente da câmara) e ao longo dos anos já teve diversos donos, desde a empresa Ivo Hotéis à Hagen Imobiliária, passando por um banco, até chegar ao Grupo Elevo.Recorde-se que a Câmara de Santarém cedeu aquele lote de terreno, situado próximo do que é hoje o Retail Park da cidade, à empresa Ivo Hotéis no início da década de 90 a troco de duas mil dormidas e tinha feito constar uma cláusula de reversão do terreno para a sua posse caso o hotel não fosse construído ou a autarquia não beneficiasse das dormidas.Como as obras estavam paradas há muito tempo, a autarquia chegou a avançar em 2001 com um processo em tribunal, a pedir a reversão da posse do espaço, que não chegou a ser decidido. Entretanto a Hagen Imobiliária comprou em 2007 o esqueleto do hotel à Ivo Hotéis. Nessa escritura, vista como uma solução rápida para um problema antigo, a Câmara de Santarém abdicou da reversão do terreno na encosta do Caramona, recebendo em troca 900 mil euros da Ivo Hotéis, que ficou assim livre de ónus para poder transaccionar o imóvel.A escritura de transacção do hotel para a Hagen estabelecia um prazo de 60 dias para apresentação do projecto de construção, a contar desde 28 de Setembro de 2007, e um prazo de dois anos para a construção após a emissão da licença. Só que novamente nada aconteceu de relevante e a estrutura voltou a mudar de dono mais duas vezes até se chegar agora à solução que passa pela demolição.
Esqueleto de betão à entrada de Santarém começou a ser demolido

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