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Quatro centros comerciais previstos para Vila Franca de Xira nunca saíram do papel

Quatro centros comerciais previstos para Vila Franca de Xira nunca saíram do papel

Câmara admite que até 2015 vai revogar as decisões que permitiam a construção dos espaços
Neste mês em que já encerrou o centro comercial Vila Franca Centro já deviam estar a funcionar outros quatro centros comerciais no concelho, que acabaram por nunca sair do papel. Quando os projectos foram apresentados prometia-se criar milhares de empregos. A culpa é apontada à economia e à morosidade dos serviços da administração central. Quando os investidores tinham o dinheiro, os processos de licenciamento e aprovação dos planos de pormenor arrastaram-se no tempo. Quando os centros comerciais foram autorizados e podia-se avançar para a construção, agravou-se a crise financeira e não havia condições para financiamento nem investimento. Um dos centros comerciais que ficou pelo caminho foi o Parque Ribatejo, um investimento que rondaria os 150 milhões e que previa gerar mil empregos. O plano de pormenor estava aprovado desde 2010 para a construção de um espaço com 133 mil metros quadrados em Alverca do Ribatejo, entre o Casal das Areias e o nó de acesso à Auto-Estrada do Norte.Outro centro que não viu a luz do dia iria situar-se no Sobralinho, no antigo parque industrial da Previdente. O projecto previa 108 lojas e prometia criar 1179 postos de trabalho, estimando-se vendas anuais na ordem dos 60 milhões de euros. Outros dois centros comerciais, previstos para as antigas instalações da Nestlé e da Tertir ficaram também pelo caminho, depois de prometerem cinemas, áreas de lazer, lojas das principais marcas nacionais e até parque de diversões. Em alguns casos a câmara municipal mostrou-se disponível para alterar a classificação dos solos em Plano Director Municipal para permitir a instalação dos centros comerciais e com isso dinamizar a criação de emprego no concelho. Mas como nada foi feito, o presidente da câmara, Alberto Mesquita (PS), admite agora analisar e revogar as autorizações de uso do solo já no próximo ano ou no máximo até 2015, porque não existem perspectivas reais da concretização destes projectos.“A retracção dos investimentos é compreensível porque não se sabe que rumo vai tomar a economia. Teremos de tomar decisões sobre estes assuntos no início do ano ou no próximo” notou Alberto Mesquita, lamentando que a evolução da economia não tenha permitido o avanço destes empreendimentos. O vereador comunista Nuno Libório lembrou que os investidores “assumiram compromissos de construção” com a câmara e que por esse motivo a câmara “ou revoga as suas decisões ou exige que esses investimentos sejam feitos”. Libório diz que as áreas onde iriam nascer os centros comerciais “eram as últimas com vocação económica” no concelho e defendeu a criação de indústria ao invés de comércio nos próximos anos.
Quatro centros comerciais previstos para Vila Franca de Xira nunca saíram do papel

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