Polícia critica câmara por criar confusão com estacionamento na Rua Alves Redol em Vila Franca
Comandante da divisão policial diz que autorização de estacionamento não é válida e que há tolerância zero
Comandante da PSP diz que a situação criada pela câmara é “dúbia e complicada” de perceber e aconselha os automobilistas a não estacionar no local. Mesmo com o parquímetro pago, a viatura está em infracção e os agentes são obrigados a multar.
A polícia continua a não reconhecer a medida da câmara de excepção de estacionamento na rua Alves Redol, em Vila Franca de Xira, e avisa que há tolerância zero para quem parar na zona. Nem o facto de os condutores pagarem parquímetro serve de atenuante. A autarquia colocou um aviso a dizer que é permitido o estacionamento na faixa de transportes públicos mas o comandante da divisão policial de Vila Franca de Xira, Pinto Aires, garante a O MIRANTE que não reconhece validade na decisão camarária. “Terem pintado a faixa como sendo de transportes públicos foi uma precipitação, que carecia de outro tratamento. Só deveriam tê-lo feito quando estivessem reunidas todas as condições para ser uma faixa destinada a transportes públicos. Pintou-se quando não se devia ter pintado”, lamenta o responsável a O MIRANTE. Perante as dezenas de automobilistas que já foram multados no local, o comandante da PSP lamenta dizendo que a polícia “é obrigada a multar” quem ali estaciona e recomenda aos condutores que estacionem noutro lado. Pinto Aires diz que chegou a sugerir à câmara que apagasse a indicação BUS no pavimento da faixa em questão mas a autarquia não acolheu a proposta. “Agora temos ali uma situação dúbia e complicada de perceber. Eu aconselhava as pessoas a não estacionar naquele local, porque perante a lei somos obrigados a multar”, esclarece. A situação arrasta-se há um ano e largas dezenas de condutores além de terem pago o estacionamento no parquímetro acabaram multados. O perfil da rua, a principal artéria da cidade, já mudou várias vezes de configuração, o que está a gerar confusão. Primeiro era para ter apenas uma faixa de circulação e uma para transportes públicos. Depois, por pressão de comerciantes e moradores, decidiu-se, além destas, por fazer uma faixa de estacionamento que não reunia condições de segurança na circulação, por ser demasiado apertada. O município deixou na faixa de BUS os sinais de parque e mantém os parquímetros.Os condutores e os comerciantes dizem-se enganados pela polícia e pela câmara porque o facto de não terem sido retirados os sinais de estacionamento pago e os parquímetros está a gerar confusão. Com a chegada do Natal, altura em que as lojas da rua fazem mais negócio, os comerciantes temem que os condutores acabem por se afastar com medo das multas.
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