Polícias do distrito entregam memorando com problemas da profissão na Câmara de Santarém
Uma delegação de polícias do distrito de Santarém afectos a vários sindicatos entregou na tarde de sexta-feira, 8 de Novembro, um memorando sobre os problemas que sentem na profissão. O grupo de 16 elementos foi recebido pela vereadora Susana Pita Soares, na ausência do presidente do município. Os polícias chamam a atenção no memorando para a idade média dos agentes que é superior a 44 anos e para as medidas de austeridade que, no entender dos sindicatos, vai prejudicar a segurança dos cidadãos. Chamam ainda a atenção para a necessidade de existir “um regime excepcional para a PSP, construindo-se um conceito de ‘condição policial’, que permita real equiparação com o conceito de ‘condição militar’, sustento secular de um conjunto de direitos que entendemos deverem ser extensíveis à PSP”. Na conversa com a vereadora, que decorreu no salão nobre, os polícias realçaram que nos últimos anos morreram muitos mais polícias em serviço do que militares. Consideraram ainda que o Governo os quer equiparar a meros funcionais públicos quando as funções policiais implicam riscos especiais. Salientam, por exemplo, a perspectiva de aumento do horário de trabalho. E se para isto são considerados funcionários públicos e uma força civil entendem que também devem ter direito a fazer greve como qualquer outro funcionário do Estado. O memorando conclui que a ideia de que os elementos da PSP são funcionários públicos e os militares são merecedores de um regime especial é, além de infundada, indefensável. Sustenta ainda que os polícias não querem regalias e “apenas pretendem ser valorizados pelo que fazem e pelo que dão em prol de todos os portugueses, e que lhes sejam reconhecidos os direitos devidos pela função que desempenham”. O memorando foi entregue na câmara pelo facto de já não existirem governos civis. A iniciativa dos sindicatos estendeu-se, além de Santarém, a todas as câmaras das capitais de distritos.
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