26º Aniversário | 20-11-2013 15:10

Espírito associativo, organização e evolução técnica

Evoluímos, assim, de uma área geográfica de influência que se restringia aos concelhos de Golegã e de Chamusca e à freguesia de Riachos para uma região que atualmente abrange os campos da Lezíria do Norte do Vale do Tejo, desde Abrantes a Almeirim

Em meados dos anos 80, fase inicial da nossa atividade, o milho era a cultura dominante e era praticada em regime de monocultura em grande parte da região do norte do vale do Tejo. A armazenagem e comercialização do cereal eram monopólios da EPAC, o que fazia com que a atividade comercial do sector cerealífero não existisse. Com a adesão de Portugal à, então, CEE este cenário mudou e foi, então, necessário organizar a produção. Foi nessa altura que começámos, primeiro por constituir uma associação de agricultores e, de seguida, a cooperativa Agromais, organização comercial de cereais. Num esforço conjunto dos produtores da região criaram-se estruturas de secagem e armazenagem coletivas, constituiu-se uma equipa de apoio técnico de campo e profissionalizou-se a comercialização da produção, tudo isto em simultâneo com a formação profissional dos empresários agrícolas, que aderiram, em massa, ao projeto. Em finais da década de 80, já a Agromais era a maior cooperativa de cereais do país.Com o aumento dos custos de produção e a baixa do preço do milho e do trigo houve necessidade de procurar culturas alternativas tais como batata (indústria e consumo), brócolo, courgette, tomate, pimento, ervilha, fava, cebola e cevada para a indústria cervejeira.Estas alterações originaram novas necessidades de investimento coletivo que resultaram, nomeadamente, na construção de infraestruturas de conservação e armazenagem de batata e de cebola, de linhas de preparação e de embalamento de brócolo, de batata e de cebola, na aquisição de equipamentos de colheita e de aplicação de produtos fitofarmacêuticos.A totalidade da produção é comercializada coletivamente, através de negociação direta entre a Agromais e os seus clientes, nomeadamente a agro-indústria. Todos os produtores hortícolas da Agromais produzem segundo as Boas Práticas Agrícolas, nomeadamente de acordo com as regras de produção integrada e com certificação GLOBALG.A.P. (ex-EUREPGAP).Mais tarde, e como resposta a exigências produtivas e de competitividade dos produtores da região, foi constituída a Agromais Plus – Comércio e Serviços Agrícolas, S.A., detida, na totalidade, pela Agromais, com a responsabilidade de comercializar os necessários fatores de produção. Evoluímos, assim, de uma área geográfica de influência que se restringia aos concelhos de Golegã e de Chamusca e à freguesia de Riachos, no concelho de Torres Novas, para uma região que atualmente abrange os campos da Lezíria do Norte do Vale do Tejo, desde Abrantes a Almeirim, que estimamos em cerca de 10.000 hectares de explorações agrícolas associadas.Toda esta realidade foi alcançada à custa do espírito associativo, de organização e de capacidade de evolução técnica dos empresários desta região que constituíram estas organizações e dotaram as suas explorações das tecnologias necessárias às exigências de cada cultura.

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